"(...) a nossa preocupação no que se refere aos moçambicanos na África do Sul tem a ver com a extrema violência com eles tem sido tratados quando cometem crimes. Isto aconteceu agora, foi um caso excepcional, admitamos, mas também temos tido conhecimento de que os caçadores furtivos normalmente são mortos." - ministro Oldemiro Baloi
Trigésimo oitavo número da série, com o objectivo de mostrar que à retaguarda do assassinato de um taxista moçambicano existem uma história, um sistema e um processo de estereotipagem. Termino o nono número do sumário proposto aqui, a saber: 9. A teoria do aguilhão. No número anterior, dei-vos conta da teoria da impulsão e do aguilhão de Elias Canneti. O que pretendi mostrar? Pretendi e pretendo mostrar que o apartheid não é um fenómeno que tivesse terminado no dia em que formalmente se pensou que terminou. Os sistemas não terminam rapidamente, podem levar muito tempo a desaparecer, podem subsistir por muito tempo. O sistema ficou em muitos sul-africanos, mesmo naqueles que o sofreram, que por ele foram humilhados. O sistema significa, entre outras coisas, o aguilhão da brutalidade, revela-se por exemplo na polícia, nos métodos usados, revela-se, enfim, no assassinato do taxista moçambicano. O aguilhão não tem raça. Permitam-me continuar mais tarde.
Trigésimo oitavo número da série, com o objectivo de mostrar que à retaguarda do assassinato de um taxista moçambicano existem uma história, um sistema e um processo de estereotipagem. Termino o nono número do sumário proposto aqui, a saber: 9. A teoria do aguilhão. No número anterior, dei-vos conta da teoria da impulsão e do aguilhão de Elias Canneti. O que pretendi mostrar? Pretendi e pretendo mostrar que o apartheid não é um fenómeno que tivesse terminado no dia em que formalmente se pensou que terminou. Os sistemas não terminam rapidamente, podem levar muito tempo a desaparecer, podem subsistir por muito tempo. O sistema ficou em muitos sul-africanos, mesmo naqueles que o sofreram, que por ele foram humilhados. O sistema significa, entre outras coisas, o aguilhão da brutalidade, revela-se por exemplo na polícia, nos métodos usados, revela-se, enfim, no assassinato do taxista moçambicano. O aguilhão não tem raça. Permitam-me continuar mais tarde.
(continua)
Adenda: o vídeo a seguir contém imagens chocantes, aqui.
Adenda 2 às 7:34 de 05/03/2013: ouvidos ontem pela estação televisiva STV, camionistas moçambicanos que escalam a África do Sul queixaram-se de constantes maus tratos por parte da polícia sul-africana. Eles não gostam dos Moçambicanos - eis o resumo das intervenções.
Adenda 3 às 00:54 de 11/03/2013: este acontecimento trágico é propício não só ao sensacionalismo baixo-preço de certa imprensa, das redes sociais e dos blogues do copia/cola, como, também - estudem as televisões locais -, aos jogos políticos em geral e a certos jogos eleitoralistas em particular.
Adenda 4 às 00:51 de 22/03/2013: um trabalho no Sowetan (obrigado ao FL pelo envio da referência), com o título abaixo:
Adenda 2 às 7:34 de 05/03/2013: ouvidos ontem pela estação televisiva STV, camionistas moçambicanos que escalam a África do Sul queixaram-se de constantes maus tratos por parte da polícia sul-africana. Eles não gostam dos Moçambicanos - eis o resumo das intervenções.
Adenda 3 às 00:54 de 11/03/2013: este acontecimento trágico é propício não só ao sensacionalismo baixo-preço de certa imprensa, das redes sociais e dos blogues do copia/cola, como, também - estudem as televisões locais -, aos jogos políticos em geral e a certos jogos eleitoralistas em particular.
Adenda 4 às 00:51 de 22/03/2013: um trabalho no Sowetan (obrigado ao FL pelo envio da referência), com o título abaixo:
1 comentário:
Como sabe Prof os assassinos do nosso compatriota foram libertados sob fiança.
Enviar um comentário