11 maio 2013

DNA moçambicano

A propósito do Primeiro de Maio, extracto do editorial do semanário "Savana", edição 1009 de 10/05/2013, com o título "O DNA moçambicano", p. 18: "Não é necessariamente indo aos desfiles do Primeiro de Maio que o governo assume essa responsabilidade, mas a sua participação nestes eventos será uma indicação clara de que o governo tem interesse em saber o que se passa na área das relações laborais, e que nunca se eximirá da sua responsabilidade como árbitro. Inversamente, a alienação total do governo em relação à classe dos trabalhadores transmite uma mensagem inequívoca de que o governo não está preocupado com os interesses dos trabalhadores, e de que na actual conjuntura económica nacional, não irá intervir se estes forem alvos de exploração por parte das multinacionais que operam no país. E esta mensagem não passa despercebida para os trabalhadores. Sabem porque é que os seus dirigentes políticos eleitos não podem estar do seu lado. É porque os seus interesses estão melhor acautelados na sua aliança com o capital internacional do que no seu posicionamento de solidariedade com os explorados nacionais. E é aqui que se percebe quando os nossos dirigentes políticos eleitos se queixam de que os moçambicanos não têm cultura de trabalho."

1 comentário:

nachingweya disse...

Enquanto os desfiles do 1º de Maio forem apenas a promessa de um almoço de confraternização patrocinado pelo patronato estamos perante um ambiente social incestuoso em que o governo investiu inconscientemente na era do socialismo cientifico.
Os governos só são ausentes quando e onde não existem.