27 maio 2013

A história repete-se duas vezes (1)

Esta é uma série muito curta, em três números. Vamos lá começar: quando da luta de libertação nacional no nosso país, círculos coloniais (aí compreendidos os militares e dos serviços secretos) difundiam sistematicamente a tese de que a Frelimo era uma mera marionete movida pelos cordéis manipulados por tenebrosas potências estrangeiras, especialmente comunistas. Por outras palavras: a Frelimo não tinha existência própria, não pensava autonomamente, apenas podia ser pensada por essas potências. Hoje ainda, certos círculos conservadores pós-coloniais defendem essa teoria.
(continua)

2 comentários:

nachingweya disse...

o Sistemas começam por sistematizar uma mentira para enformar a verdade que chega aos governados. Depois, de tão refinada que a mentira se torna os próprios servidores do sistema se convencem dela. É neste ponto que começa aquilo que a sabedoria popular chama 'tapar o sol com uma peneira'. Se o sistema não produz um visionário como De Clerk a tempo então desmorona-se como o Governo de Ghadafi ou Mobutu Sese Seko.
Todos esses conheciam muito bem a cartilha da Mão Externa na origem da Onda libertadora. Poucos sobram para partilhar lições aprendidas.

Salvador Langa disse...

Aguardo continuidade.