15 novembro 2012

Sancho, o idealista

“Sancho não quer que dois indivíduos estejam 'em contradição', um com o outro, como burguês e proletário […], ele desejaria vê-los entrar numa relação pessoal de indivíduo para indivíduo. Não considera que, no quadro de uma divisão de trabalho, as relações pessoais tornam-se necessariamente, inevitavelmente, relações de classes e se cristalizam como tais; assim, todo o seu palavreado reduz-se a um voto piedoso que pensa realizar exortando os indivíduos dessas classes a expulsar do seu espírito a ideia das suas 'contradições' e dos seus 'privilégios' particulares […] Para destruir a 'contradição' e o 'particular', bastaria mudar a 'opinião' e o 'querer'. […] - Marx, Karl, Idéologie allemande. Paris: A. Costes, 1947, Œuvres Philosophiques, tome IX, p. 94. Marx ataca Max Stirner (1806/1856), filósofo alemão, teórico do individualismo e da anarquia.

2 comentários:

nachingweya disse...

'De cada um segundo a sua capacidade e a cada um segundo a seu trabalho'
Ou seja: cada um de acordo com as suas condições. Não esta uma maneira de definir e fazer prevalecer classes sociais?

Salvador Langa disse...

Alto texto. Pessoas têm grupos e é isso que "esquecemos". "Todos unidos".