08 março 2012

Dossier 6 (Edição de 02/03/2012)

Parte final de um trabalho de Zaqueu Massala neste número: "Nos cocktails das embaixadas, dos abastados escritórios de advogados da zona e dos condomínios dos moçambicanos que já venceram a luta contra a pobreza, sempre se achou que os “pelintras” do Conselho Executivo de Maputo nunca teriam mola para fazer a segunda via da Julius Nyerere até a mercado do Xiquelene. As máquinas que arrasam jardins e parques de estacionamento há duas semanas provam o contrário. E sem direito a indemnizações, à excepção das famílias moçambicanas que, com a cumplicidade de secretários de bairro na zona se foram estabelecendo ilegalmente no traçado da estrada. Agora choram todos, só que uns têm direito a mais direito de antena que outros. "
Queira consultar a sexta e penúltima parte de um dossier com peças do semanário "Savana" de 02/03/2012, aqui.
(continua)

2 comentários:

Salvador Langa disse...

Vamos lá dizer que estes escritos não são habituais.

nachingweya disse...

Parabens ao Municipio por ter conseguido recursos para reposição da Julius Nyerere, de longe uma das saídas mais viáveis para apanhar um voo quando se está na zona da Polana. Parabéns também às entidades que estão envolvidas na mobilização de recursos para a a Circular do Grande Maputo (deveria incluir uma via por cima da 25 de Setembro para separar logo à entrada o trafego para a cidade baixa do fluxo para a cidade alta vindo da Matola pela baixa).
No entanto, não posso concordar com o autor quando encontra justeza na penalização de uns e na premiação de outros nos inevitáveis actos de destruição de propriedade inadequadamente implantada na rota das obras. A lei deve ser cega e igual para todos. Deve ser particularmente pesada a penalizar os secretários de bairro que vendem terrenos inadequados para habitação a cidadãos incautos que por via de quem de direito, i.e, do Município, não conseguem durante meia vida um talhão legal. Se descontarmos os tiros de hoje em Nampula,este ano completamos 20 anos de paz, não havendo aparentemente, razões para desordenamento nas cidades.
Em relação às habitaçoes que se tornam escritórios o Município deve actualizar as taxas devidas e disponbilizar a infraestrutura complementar a essa actividade produtiva como sejam parques de estacionamento para conforto de utentes e adequação estética ao natural desenvolvimento da urbe. Em suma, o Município deve estar acordado e a ver com olhos de ver o que acontece no e com o seu território que é um organismo vivo. O Município deve prevenir educando o cidadão e não reagir recorrendo à sua 'juba' estatutária que não passa de uma peruca. Quando assim procede bastam as 'mamanas'para revelar a careca institucional.