Com o título em epígrafe, um trabalho do meu colega Alexandre Baia, doutorado em geografia humana pela Universidade de São Paulo e especialista em geografia urbana: "Com base na análise da literatura que de modo disperso descreve a produção de cidades em África, o artigo expõe como a cidade em Moçambique deve ser apreendida a partir da análise do processo de dependência inerente à dominação colonial portuguesa e ao sistema capitalista em geral na sua relação com os países africanos. Nesse movimento, a cidade aparece como produto da história, o que permite identificar as continuidades e descontinuidades nesse espaço produzido. Nesse contexto a periodização sugerida (pré-colonial, colonial e pós-independência) constitui domínios caracterizados por fenômenos sociais, sensações e percepções de espaços e de tempos, de imagens e conceitos, de linguagem e de racionalidade, de teorias e de práticas sociais que especificam o urbano em Moçambique – aquele que nasce da explosão da cidade colonial e engloba ilhotas de urbanidade e ruralidade." Aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
3 comentários:
Leitura a não perder, precisamos de mais Baias.
E também de escrever sobre o casario que não pára na cidade de Maputo...
Sempre bom encontrar um trabalho fora das capelas neoliberais.
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