Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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3 comentários:
Os militantes da desigualdade irão passar maus bocados futuramente.
Os militantes da igualdade do Primeiro Mundo nao sabem que o seu bom e velho estado social se fundou:
1- Na prosperidade daquelas nacoes devido as altas taxas de crescimento do pos-segunda guerra mundial?
2- No pleno emprego e direitos adquiridos por comum acordo do patronato e sindicatos?
3- No paradigma da industrializacao que fazia daqueles paises "fabrica mundial de bens de consumo". Uma posicao majestatica?
Os militantes da igualdade do Primeiro Mundo recusam-se a ver hoje no que o seu mundo se transformou:
1- As nacoes prosperas financeiramente anemicas, porque as suas taxas de crescimento economico sao negativas ou irrisorias. E nao encontram paliativos;
2- Ser normal ter dois ou tres empregos (e precarios). O patronato e os sindicalistas nunca estiveram tao distantes como agora, de tal sorte, que ja sao muitos que comecam a olhar com desconfianca para ambos;
3- A posicao majestatica da industria, vitima da propria ganancia que caracteriza o capital multinacional. Essa mesma ganancia que sustentou o estado-modelo social. Pois que afinal, optaram por transferir o trabalho pesado (industria) para o extremo oriente e america latina, atraidos pelos baixos salarios, inexistencia de seguranca social e leis ambientais, dando origem aos BRICS. Esquecendo-se porem, que esses paises ja tinham muitos quadros preparados nas melhores universidades para reproduzir autonomamente os "modelos de producao" e coloca-los em novos mercados (Africa e Asia Central) onde o Primeiro Mundo sequer escarrava quando por la passava em expedicoes punitivas ou jornadas humanitarias. E sobretudo, geraram confianca (auto-estima) e aceitacao pelos governos e populacoes locais. Enquanto o Primeiro Mundo autisticamente subalternizava a industria para os BRICS, entretinham-se como os patricios do decadente Imperio Romano do Oriente a manipular sociedades de servicos parasitarias e especulacao financeira global.
E a ma noticia para eles e que isto e irreversivel...
Logo, o que os militantes da igualdade do Terceiro Mundo (inclusive neste blogue) deveriam fazer, era reagir depressa aos acontecimentos, atacando os poucos nichos de sobrevivencia que os maiores, dada a sua visao telescopica, nao conseguem ainda ver. Porque isto e uma selva. E uma das coisas que da sempre certo, e um bom sistema de Ensino. Nao no sentido paternalista da "auto-estima", mas sim no realismo do "comer para nao ser comido".
E a proposito do Ensino, Sr. Professor. Tive a oportunidade de ver uma reportagem da TVI (passou as 3 da madrugada!) que radiografava o sistema publico de ensino na India. Imagine o meu espanto quando descobri que o mesmo padece dos mesmos males do nosso mas produz resultados bons. Levando-me a concluir que, possivelmente, por ser a amostra demografica da India muitissimo superior a nossa, entao o principio de Pareto aplica-se la mas em dimensoes biblicas, produzindo excedente suficiente para encher as universidades do Primeiro Mundo.
Dixit
E no entanto, mesmo nos BRICS as coisas comecam a mudar...
http://br.noticias.yahoo.com/greve-fábrica-sul-coreana-china-091301395.html
We are all in the same boat.
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