24 dezembro 2011

Eleições 2011 e produção de futuro (16)

O décimo sexto número desta série, prosseguindo no quarto ponto do sumário proposto, a saber:
4. Abstenção, fantasma de 1998 e presença dos ausentes. Então, no geral, defendo que à política dos partidos opuseram as pessoas a sua política, a sua escolha, a sua equidistância, a sua desconfiança, a sua incapturabilidade, a sua aposta, afinal, na informalização politizada da vida, nas soluções populares de sobrevivência. Sem dúvida que há que ter em conta factores regionais específicos nas três cidades, factores que uma pesquisa em profundidade certamente saberá encontrar. Mas a abstenção não-presencial significa verdadeiramente ausência? Creio que não. Formalmente as pessoas não foram votar, não se fizeram fisicamente presentes. Esta ausência preocupa sempre os políticos e os órgãos de gestão eleitoral, estes últimos multiplicando-se, depois, em trabalhos correctores de educação cívica. Quer dizer que é suposto as pessoas precisarem de esclarecimento, carecerem de educação eleitoral, estarem, enfim, privadas da racionalidade política.
(continua)
Adenda às 10:23: uma versão completa do texto desta série ocupa as centrais (pp 16/17) do semanário "Savana" de 16/12/2011, com o título "Eleições 2011: proposta de análise com incidência em Quelimane".

4 comentários:

Salvador Langa disse...

A malta anda descrente das urnas.

TaCuba disse...

E de que maneira...

MARIA FIJAMO disse...

bOA TARDE, NAO SEI SE DEVO DEIXAR ESTA INFO AQUI: #SEGUNDO O JORNAL O gLOBO EDICAO DE ONTEM aGNELLI, EX CHEFAO DA VALE EM MOCAMBIQUE ACABA DE CRIAR UMA NOVA EMPRESA QUE VAI FOCAR O aBRASIL E A aFRICA.#e UMA ESPECIE DE COPIA PROFORMA DAQUE DIRIGIU...

Carlos Serra disse...

Obrigado pela informação.