Estradas de Maputo esburacam-se rapidamente, desalmadamente, como regra geral acontece na estação chuvosa. E, também, como regra geral acontece, dentro de algum tempo deverá começar a cantonagem, cantonagem ligeira, dumba nengueira, que, no próximo ano, se esburacará de novo, neste cíclico esburacamento maputense, mas certamente com réditos para quem receber a tarefa de desburacar. Hipótese: não é a chuva que provoca os buracos, é quem supostamente desburaca que realmente buraca. A propósito e para nos entusiasmarmos com a douta filosofia em tornos dos buracos no asfalto da cidade, sugiro a leitura de um trabalho de Março de 2010 do jornalista Emildo Sambo do "Canal de Moçambique", aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
Uma pouca vergonha.
Se formos para os arredores então...
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