07 junho 2011

Sobre crise (16)

"Onde a diferença falta, é a violência que ameaça" (René Girard, A violência e o sagrado)
O décimo sexto número desta série, escrevendo sobre o sexto ponto do sumário que vos propus, a saber: três exemplos de imputação críseca em Moçambique.
Após ter abordado o partido Frelimo no primeiro exemplo, prossigo e termino o exemplo do partido Renamo.
Das mais variadas formas, este é um partido do tipo armazém de crises. Nesse armazém, construído regra geral e sistematicamente na imprensa, vários quadrantes depositam a sua imagem de crise, ansiosamente há quem aguarde a crise final, o fim do partido e/ou a sua transformação num modelo calmo e maleável de sofá. A saída de vários conselheiros e produtores de opinião em 2008 e a fixação de residência do presidente em Nampula, abandonando a cidade sagrada, Maputo, centro do poder, foram assumidos como exemplos acabados de crise no sentido nosológico, paroxístico.
Prossigo mais tarde.
(continua)

1 comentário:

Salvador Langa disse...

É como eu digo, o régulo não gosta de ver outros régulos na terra, só ele quer ser régulo.