Segundo o O País, desmobilizados de guerra ressurgiram a prometer manifestações. Aqui.
Comentário: periodicamente surge alguém, em nome de um grupo, a dizer veementemente que vai haver manifestações de protesto contra determinadas situações consideradas injustas. Logo de seguida, aparece outro alguém, geralmente são vários alguéns, a dizer não menos veementemente que as manifestações são um perigo para a paz e para o desenvolvimento. Estão assim as palavras manifestando-se nos dois lados. Interessante e dual fenómeno este, o do manifestacionalismo (mas que perverso neologismo manifestacional!) verbal, arma política ruidosa, fluxo e refluxo das marés dialécticas, guerra de palavras-trincheiras, vaivém de embates e debates, de bons e maus, de ameaças e contra-ameaças, de símbolos e contra-símbolos. Acontece, porém, que de tanto se gritar "Manifestações!", tal como o pastor de Esopo gritava "Lobo!", já ninguém acredita nelas, tal como o povo não acreditava mais no pastor. Mas se as manifestações finalmente se manifestam, se o lobo se loba, em sua tensa dualidade, que atitude tomaremos? Bem, como disse a Musky ao Alex Munshine, "(...) sabes, podemos viver com perguntas...mas nem sempre podemos viver com as respostas...tenho medo".
Comentário: periodicamente surge alguém, em nome de um grupo, a dizer veementemente que vai haver manifestações de protesto contra determinadas situações consideradas injustas. Logo de seguida, aparece outro alguém, geralmente são vários alguéns, a dizer não menos veementemente que as manifestações são um perigo para a paz e para o desenvolvimento. Estão assim as palavras manifestando-se nos dois lados. Interessante e dual fenómeno este, o do manifestacionalismo (mas que perverso neologismo manifestacional!) verbal, arma política ruidosa, fluxo e refluxo das marés dialécticas, guerra de palavras-trincheiras, vaivém de embates e debates, de bons e maus, de ameaças e contra-ameaças, de símbolos e contra-símbolos. Acontece, porém, que de tanto se gritar "Manifestações!", tal como o pastor de Esopo gritava "Lobo!", já ninguém acredita nelas, tal como o povo não acreditava mais no pastor. Mas se as manifestações finalmente se manifestam, se o lobo se loba, em sua tensa dualidade, que atitude tomaremos? Bem, como disse a Musky ao Alex Munshine, "(...) sabes, podemos viver com perguntas...mas nem sempre podemos viver com as respostas...tenho medo".
2 comentários:
Se as manifestações se manifestarem, entao tentamos, mas tentamos mesmo, de verdade, a serio, para que elas ( as manifestações manifestadas ) sejam Pacificas, Democráticas e Geradoras de Mudanças Positivas.
Nao mais nada a fazer, na modesta minha opinião.
Isso se as manifestações se manifestarem.
E se manifestações nao se manifestarem, entao ficamos quietos,calmos e sossegados, a espera que as manifestações se manifestem,
Hehehe,
Segundo as palavras violentas e intimidatórias do mais alto responsável da PRM – “qualquer tentativa de manifestação será violentamente reprimida”.
Infelizmente, Karim, não vejo que sejam possíveis, "Manifestações Pacíficas, Democráticas e Geradoras de Mudanças Positivas"
Esperemos, então.
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