01 abril 2011

Das mulheres de Bourdieu às mulheres de Touraine (8)

E se, por acaso, as mulheres gostassem mesmo de ser apenas só mulheres? E se gostassem de ser dominadas dominando pela feminilidade? Perguntas bizantinas, decerto, perguntas impertinentes para um certo feminismo masculinizado de hoje, perguntas que me levam a repetir uma série de 2007. Prossigo-a com mais este número.
Temos, assim, dois tipos de mulheres: as mulheres condicionadas e as mulheres livres.
Depois de vos ter falado sobre as mulheres condicionadas, falo-vos agora sobre as mulheres livres. As mulheres livres são aquelas que não se põem o problema da dominação em si, são aquelas que são conscientes da sua feminilidade e que como mulheres desejam fazer da relação com os homens um jogo natural, sem vencedores nem vencidos, salvo se a sexualidade falhar. A dominação não é um produto dos homens, mas um produto das falhas relacionais e, em última análise, das falhas femininas por escassez de feminilidade suficiente (Alain Touraine).
Prossigo mais tarde.
(continua)

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Outro excelente tema mas sem comentários.