19 março 2011

Ver ou não ver a cara: eis a burcada questão

Numa escola pertença da Africa Muslim Agency na cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, uma aluna usa agora burca. Muitos professores boicotam a sua turma alegando que dar aulas exige ver a cara do estudante. O nosso país é um Estado laico. Eis um imbróglio relatado pela Agência de Informação de Moçambique, aqui. Recorde neste diário aqui.
Adenda às 20:38: reacções ao uso da burca num texto de 2010 publicado no UOL, aqui.

25 comentários:

Anónimo disse...

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos disse nesta sexta-feira que a exibição de crucifixos nas escolas da Itália não fere os direitos dos estudantes não-católicos e de suas famílias.

Experimente-se colocar um crucifixo nessa escola em Pemba...

Cá por mim, a revisão da Constituição deveria livrar-nos tanto de burcas como de crucifixos...

Anónimo disse...

Segundo reportagem de uma das nossas TV´s aumentou para 8 o nº de alunas que antes andavam de cara descoberta e optaram pela burca.

Não se trata de revindicação da aluna, mas IMPOSIÇÃO do marido,recém chegado de formação religiosa no exterior: a aluna, 2ª esposa, limita-se a fazer o que o marido lhe impõe.

Uma pergunta: Nas escolas é obrigatória a disciplina de educação física, com equipamento específico: calção, camisete, tenis, será que esta aluna está dispensada, ou faz de burca?

Trata-se pura e simplesmente de uma atitude provocatória - FUNDAMENTALISMO - de que precisamos nos libertar.

Seria interessante saber se a aluna, 2ª esposa, tem idade, segundo a Constituição da Républica para casar.
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Abdul Karim disse...

Ao segundo anonimo,

A Burca nao 'e sinonimo de "FUNDAMENTALISMO",

Tanto que ainda que seja imposicao do marido, e ela concorda, entao, "no meio do marido e mulher ninguem mete colher",

Agora pensar que so porque ela poe Burca 'e IMPOSICAO e 'e PROVOCACAO e FUNDAMENTALISMO, nao sei se 'e ignorancia ou preconceito,

Acho que o pais 'e laico, e o governo deve decidir como achar conviniente,

Anónimo disse...

Caro Karim,
Segundo os entendidos em religião Muçulmana, que respeito, a Burca não é uma imposição religiosa, LOGO, não tem nada a ver com LAICIDADE do ESTADO. Não confundamos; é provocação!

É óbvio que a atitude/ imposição do marido (de uma jovém que, provavelmente, não tem idade para casar, segundo a Constituição Moçambicana), é FUNDANENTALISTA:quer ir além do perceituado pela própria religião; quer que prevaleçam as suas opções pessoais.

Abdul Karim disse...

Anonimo,

Nao sei a que "entendidos da Religiao Islamica " se refere,

Eu por outro lado, preferia nao entrar em "provavelmente 'e menor de idade", pois "provavelmente pode nao ser menor de idade",

Ainda nao consegui ver nenhum aspecto na Burca que esta "alem ou aquem" da Religiao Islamica,

Em relacao a "opcoes pessoais", esta certo, qualquer um quer que prevalecam as opcoes pessoais de cada qual, e na Religiao Islamica assim como na Crista e acredito que na Judia como na Hindu ou outra, essa opcao pessoal podera chama-se "livre arbritrio" e nao FUNDAMENTALISMO.

Quanto ao facto do estado ser laico, nao sei se isso signifca que se deve proibir o Burca ou se deve autorizar, e mesmo por isso, 'e que deixo essa decisao pro governo em funcao do que o governo achar conviniente,

Por outro lado acredito mesmo que 'e provocacao, ignorancia ou preconceito seu, em entrar discussao aparentemente "desarmado" de conhecimentos sobre o Religiao Islamica, sem referencias dignas de credito, e ainda muitos "provavelmentes" pelo meio, e uma interpretacao da laicidade do estado muito pouco consistente, para alem de ser anonimo,

Abdul Karim disse...

Pra concluir,

Acho que a discussao da Burca deve tomar em consideracao "interlucutores desburcados",

Acho muito ilogico e irracional alguem com "burca tecnologico" que nem identidade tem, venha propor que com toda identidade presente da Fatima Califa, que ela seja proibida de usar o Burca,

Nessa ordem de ideias, e ate um quanto justo, seria o interlucutor estar "desburcado", pois caso contrario o proprio "interlocutor tercnologicamente burcado" podera chegar a conclusao que ele 'e FUNDAMENTALISTA.

E dai eu tambem posso ter a mesma atitude dos Professores, e e "boicotar interlucusao" e ai virar eu tambem FUNDAMENTALISTA, porque os meus dogmas sobre os "burcados tecnologicamente" impedem-me de dialogar,

Ai viramos todos FUNDAMENTALISTAS,

Nao 'e ?

Hehehe

ricardo disse...

Não é uma questão religiosa. É uma questão regulamentar.

E nada mais. A laicidade ou a teocracia são para um fórum mais apropriado. Não sendo jurista, penso ser uma maçada e até, procedimentalmente errado, uma abordagem jurídica em que usa a Constituição frequentemente, porque a Constituição, dá-nos o fundamento e não o detalhe ajustado à cada situação.

Para isso, regulamenta-se. E não - como tem sido pródigo neste país - faz-se uma nova Lei, anulando parcial ou totalmente o efeito de uma Lei anterior...

Infelizmente, ninguém me ouve. Nem lê.

No caso concreto, uma leitura transversal da nossa Constituição defende que a jurisdição estatal no que tange a comportamentos da sociedade funda-se no laicismo. Querendo com isso dizer que NENHUMA corrente religiosa - em jurisdição estatal - se deve sobrepor às demais e até aos ateus. No caso concreto, até prova em contrário, a escola em apreço é um espaço público e de jurisdição estatal. Logo, o princípio da laicidade aplica-se naturalmente até aos limites conhecidos do estabelecimento. Todavia, não havendo sido explicitado, impõe-se a regulamentação da conduta dos alunos, professores e funcionários escolares, o qual deverá ser normado de acordo com a lupa Constitucional. E no caso, deverá o Ministério da Educação como fiel depositário dos interesses do Estado na escola dizer qual é. Se ainda assim não existir, permanecerá o consenso entre seres humanos, resolvendo a questão da burka em si, para perceber:

1- Se ela é desconfortável para a própria aluna. I.e. afecta o seu rendimento pedagógico. Afecta o seu desenvolvimento psicomotor, etc. Tarefa para psicólogos;

2- Se ela é passível de desestabilizar os restantes colegas e professores, com o consequante ostracismo da aluna. Aqui também se deve usar psiólogos para encontrar os caminhos adequados de resolução.

Contudo, deve ser sempre entendido o princípio de transitoriedade destas abordagens, uma vez que o REGULAMENTO é que constitui a resposta ao problema.

Sem emotividade, porque afinal, inúmeras são as confissões e manifestações religiosas em Moçambique. Se um dia aparecer uma tribo qualquer a dizer que os alunos deverão ir em topless para a sala de aulas, porque assim manda a tradição, então isso deverá ser aceite também.

Assim seria num estado "L(AI)OUCO", já se vê...

Quanto ao detalhe do crucifixo na Europa. Julgo saber que a actual União Europeia funda-se em princípios da fé judaico-cristã publicamente assumidos. Aliás, esse é um pormenor que tem barrado a Turquia, a Bósnia e até o Kosovo de pertencerem ao espaço comunitário em igualdade de circunstâncias. Portanto, nesse contexto, parece-me ter sido mais simples dirimir este caso do crucifixo pelos legisladores europeus. Por comparação, o mesmo exercício não seria fácil no reino Saudita porque este funda-se no islamismo. Mas não é caso único. Temos o Irão, o Brunei, o Sudão, Paquistão e outros estados soberanos que se baseiam na Sharia como lei mãe. E também nesses casos, as questões de Estado estão auto-contidas nos fundamentos da fé islâmica.

Todavia, excedem muitas vezes os princípios universalmente aceites nos fora internacionais, como os tratados da ONU, dos quais, esses estados são também membros. Criando uma aparente contradição. Aparente, porque como diz a carta desses tratados, normalmente a sua vigência produz efeitos entre- estados e não intra-estados. Por isso, quando é necessário dirimir assuntos de confissões religiosas minoritárias nem sempre o peso aplicado é na medida certa. E existem inúmeros exemplos por este mundo fora que eu, por uma questão de humildade, dispenso referência.

Anónimo disse...

KARIM ao seu melhor estilo: mais uma CANTINFLADA!

Como muito bem refere o Ricardo, trata-se de uma questão regulamentar.

Está regulamentado nas escolas oficiais a obrigatoriedade do uso de FARDA - para que todos possam parecer mais iguais.

Já vi em distritos deste nosso país, escolas onde os alunos são obrigados a ir fardados, EXCEPTO à quarta-feira, porque, não tendo a maioria dos alunos posses para comprar mais do que uma farda, lhes é dada a possibilidade de a LAVAREM á quarta feira.

Se o marido da adolescente Senhora Fátima quer que esta continue a frequentar o ensino NORMAL, esta tem que sujeitar-se ao Regulamentado.

Abdul Karim disse...

Sr Emburcado,

O "Cantiflas" ja nao existia quando eu nasci, inflismente nao tive o previlegio de o conhecer,

E depois nao me ouviu a reclamar contra o regulamento ou ouviu ?

Limitei-me a responder a sua PROVOCACAO, IMPOSICAO E FUNDAMENTALISMO,

O Sr Emburcado, tem sorte, o Professor ontem e hoje, abriu excepcao ao seu regulamento ( o do Professor ),e deixou passar essa Provocacao, Ignorancia e Preconceito seu, para alem do displante de comparar os meus "debitos" ao do Cantiflas,

Anónimo disse...

Professor, Eu acho que a questao da burca é complicada porque algumas pessoas, sobretudo as muçulmanas se sentem agredidas por quem alguem nao estar de acordo com as suas posicoes. O que em muitas outras religioes isto nao acontece com tanta emotividade e por vezes agressividade e ameaças. Todas as religioes tem suas normas e regulamentos. Se o Estado fosse a seguir essas normas entao estariamos numa situacao muito complicada. NO caso da burca por exemplo, eu tenho visto mulheres conduzindo carros com burca. Ja imaginaram a seguinte situacao: um acidente envolvendo uma senhora de burca. Como se podera identificar quem é a culpada pelo acto se a senhora nao pode tirar a burca e mostrar o rosto?
Eu acho que, por norma as pessoas devem andar com a cara visivel em lugares publicos e isto inclui a rua a escola também porque assim as pessoas estao identificadas e a interaccao entre elas é mais directa. Como aceitar, por exemplo que, num exame a uma pessoa entre com a burca? Como provar que é realmente aquela pessoa que esta inscrita? Muitas questoes se levantam em torno a esta questao da burca.
Contudo os defensores da burca dirao que tudo isto nao passa de uma conspiracao contra a sua religiao... Porque nao cumprir com os regulamentos?

Maria Teresa Chamussudine

ricardo disse...

Na abordagem de questoes do Islao, mesmo os crentes tem dificuldade de faze-lo livremente. Quanto mais os nao crentes.

Ha 30 anos atras, ninguem sabia o que era uma burka em Mocambique. Se bem que, na Ilha de Mocambique cruzava-me muitas vezes com negras de rosto coberto. Dizia-se que vinham de Zanzibar e que era um costume influenciado pelo Sultanato que existira ate 1970. Sabe-se hoje que o rito era sunita e que muito provavelmente era um modismo herdado de odaliscas dos muitos harens que la havia. Mas a burka, tem um aspecto diferente. Porque alem de cobrir o rosto, cobre os olhos tambem. E essa e uma manifestacao cultural dos Pashtun que vivem entre o Paquistao e Afeganistao. Uma vez que temos visto um crescendo de imans e ulemas oriundos dessas paragens em Mocambique, e bem possivel que o modismo comece a pegar tambem entre nos. Pessoalmente, nao me assustam as burkas. Pela simples razao que, caso haja necessidade, pela LEI, a mulher deve descobrir o rosto para ser identificada pelas autoridades em circunstancia muito bem identificadas. Inclusive entre os Pashtun assim e. Quanto ao retrato robo feito a partir de uma burka, bem nao acho mais relevante no caso do que as caracteristicas da propria viatura, particularmente o modelo, a cor e a matricula.

Por fim, esclarecer que discutir assuntos islamicos torna-se penoso para qualquer estudioso, porquanto e uma religiao cimentada em dogmas. E os dogmas nao se discutem. Lembro-me de certa ocasiao, ter participado num debate moderado pelo Sheik Ahminudin em que me referi aos Sufis, como uma corrente islamica que pugnava pela idolatria aos mortos. E aos berberes que tomam alcool regularmente. Respondeu-me secamente a assistencia : NAO SAO MUCULMANOS!

E eu calei-me, como nao poderia deixar de ser.

Moral da historia: naquele local, havia um debate, supostamente intelectual, sobre o Islao. Mas no final, o unico intelecto autorizado a falar do Corao era o do Sheik Ahminudin.

Assim e o Islao.

Sobre os regulamentos, referia-me aqueles que imanam da propria Lei do Estado mocambicano. Regulamentos religiosos sao de religiosos e aplicam-se nos locais sob sua jurisdicao. Neste caso, tratando-se de um estabelecimento islamico, poderao aplica-los como tal. Mas isso deve estar muito bem explicito no acto de admissao. Mas se se tratar de um estabelecimento publico, entao vale a regra oficial do estado laico. Ou seja, como bem se disse, o regulamento do uniforme escolar. E aquele, nao preve o uso de burka, mas segundo sei, nem do proprio cofio e outras vestimentas. No entanto, nunca houve polemicas em relacao a isto. Por comparacao, se alguem se inscrever num seminario de padres, devera estar ciente que uma parte da sua aprendizagem obrigara ao cumprimento de determinadas regras que nao se aplicam nas escolas publicas, mesmo que mais tarde venha a abandonar o celibato.

Abdul Karim disse...

"Eu acho que a questao da burca é complicada porque algumas pessoas, sobretudo as muçulmanas se sentem agredidas por quem alguem nao estar de acordo com as suas posicoes." - Maria Tereza Chamussudine,

Provavelmente o contrario tambem 'e valido, em que as pessoas tem tendencia a "agredirem" a quem esta com Burca,

Sempre os "culpados" sao sobretudo as pessoas muculmanas, isso 'e compreensivel, compreendo, naturalmente,

Quando um muculmano tem barba parece terrosrista, quando tem batina entao 'e fanatico, e quando poe burca 'e fundamentalista e "sente-se agredido" com o facto das outra pessoas nao concordarem com Burca,

Ou entao 'e uma coitada, menininha, casada de forcado, de preferencia segunda mulher, que o marido impoe-lhe e bate-lhe, porque veio la de nao sei aonda, deve emigrante ilegal, se calhar terrorista,

Nao 'e ?

Hehehe

Chacate disse...

Irmãos apresentemos todos os argumentos que pretendemos mas a verdade é que a Educação em Moçambique (no seu nivel normativo) é da inteira responsabilidade do Estado.

Portanto o Estado detem o "Estatuto axiológico da Educação". Que valores devem ser da nação Moçambicana?

Pelo que nenhuma nação ou religião está acima do ESTADO.

Os eslâmitas tem tendência a impor seus valores à nação Moçambicana sob pretexto de que somos multiculturais! ignorando as normas que regem as instituições públicas até privadas.

Então, pensão que se introduziu o uniforme atoa? não, é que o legislador já previa estes cenarios.

Vizitem a política nacional de educação...

Abdul Karim disse...

Concordo com o Chacate e com o Ricardo, relativamente aos regulamentos,

Acho que Religiao Islamica impoe aos Muculmanos que se respeitem as leis, regras e regulamentos dos paises onde residem,

Agora se as leis, regras ou regulamentos nao sao claros, nao podem ser culpados os que sao de religiao x ou y,

Por outro lado, tambem, nao pode ser vista a coisa numa prespectiva que os religiao x "aproveitam-se" e da y "nao aproveitam-se",

Como tambem, 'e complicado, entrar numa discussao em que pressupostos sao pouco claros e que muitas vezes rocam a Ignorancia e preconceito,

Continuo a achar que o governo ( quer o governo em si ou instituicoes tuteladas ou representativas do governo central ou local) 'e deve decidir, em funcao, ao que tambem o Ricardo diz, naquilo que fundamenta o estado de direito, no caso especifico,em ultima instancia, o CRM,

Anónimo disse...

1. Trata-se de uma escola de ensino OFICIAL, logo: (1)farda igual para todos; (2) obrigatoriedade de prática de desporto (educação física = mente sã, corpo são) com farda igual para todos.

2. Quem não quiser seguir estes princípios, é livre de se matricular em escolas não do ensino OFICIAL.

Abdul Karim disse...

Se o que o aninimo diz esta defenido como regulamento da escola, entao ela tem que cumprir,

Ou escolhe outra escola.

Abdul Karim disse...

E Ricardo,

Sheik Amiruddin tinha razao em relacao idolatria, e em relacao aos que sao idolatras,

NAO SAO MUCULMANOS, MESMO.

Quanto a isso, nao ha duvidas, uma discussao sobre o Islao nao significa, tornar Islamico o que nao 'e islamico,

Talvez em vez de calar, devesse perguntar o porque de um idolatra nao ser Muculmano, e ai teria a discussao intelectual e a clarividencia tambem,

Dou-lhe um exemplo claro, no Pakistao e na India tambem, existem esses conflitos em que se "idolatra" pessoas mortas e se afirmam Muculmanos, e mesquita da Baixa em maputo, particularmente tambem tem esse "pensamento", mas "for sure" apartir do momento que 'e "idolatria", no Islam chama-se "shirq" e nao existe nada pior no Islam que o "shirq",

So que o problema ai esta no facto dos que fazem o "shirq" recusarem de considerar aquele acto particular do "shirq" como "shirq", e como tal, continuam a afirmar-se Muculmanos e cumprem com as oracoes, muitas vezes todas oracoes,

E ai, segundo o Islam, nao podes julgar, e tens que tentar fazer a pessoa compreender que 'e "shirq", so que nem todos aceitam e no Qur'an diz, "Ele (O Senhor) encaminha quem lhe apraz" logo, quando O Senhor quizer, eles vao se encaminhar tambem,

Pois "Sem a sua anuencia, nao se movem nem os ventos," " O Senhor dos Ceus e da Terra", " O Omnipotente, O Omnipresente, O Omnisciente"

Que Deus nos Abencoe e nos Ilumine,

AMEN.

Nota:
Agradecer ao Professor pela opurtunidade ( mais uma vez) de debater assuntos ligados ao Islao, e tambem ao Ricardo em particular, por de forma construtiva e muito respeitavel, ter conduzido este debate, e ter tentado encontrar um ponto de equilibrio entre as religioes, o CRM e as demais leis, regras e regulamentos vigentes no pais,

Abu Umeir As Salaf disse...

Que a paz esteja com tods vós,

Se o regulamento do governo propõe um uniforme a moda laicista, deve-se saber que o direito dos muçulmanos está acima te tudo e de todos, mesmo a própria constituição. Com isso não quero dizer que os Muçulmanos não devam obedecer as leis vigentes no país, devem na medida em que não contrariem os seus preceitos religiosos. Em termos islâmicos não se pode obedecer uma criatura em deterimento da desobediência a Deus, Deus em primeiro lugar. Por mim ela se quer salvaguardar sua religião deve abandonar a referida escola.Eu sei que discursos como "Ela vai parara de estudar"; "Educação é obrigatório a todos", irão vir a tona. O concelho que dou é que ela não deve forçar mais, a religião islâmica ensina assim, e nem deve protestar e criar-se com este cenário manifestações religiosas, pois em termos islâmicos em proibido, sendo considerado acto de incrédulos. Quanto a questão de terrorrismo sabemos que o Ocidente e sua influenciada massa pensante quando falam de erradicar o terrorrismo ou terrorrismo internacional aquem se refere. Eles tem que ser mais claros quando falam de terrorrismo,afinal de contas a quem se referem? Os Muçulmanos?
Naquela mesma escola em pemba existem mulheres que não taparam sua cara mas tem a a cabeça coberta. O regulamento vai abranger a estas? Ou elas terão também que tirar o lenço das suas cabeças. Tendo e considerando que muitas são muçulmanas virá outra polémica. Proibir a burca alegando laicidade do estado implica proibir o lenço das outras da mesma escola ou outros sectores que não tapam a cara, uma vez que tanto a que tapa a cara e a que não tapa usam por serem muçulmanas. Então é melhor deixar a estudante participar nas aulas de burca do que permitir um outro mal.

E ALLAH SABE MELHOR

Abu Umeir As Salaf disse...

Que a paz esteja com todos vós,

é claro que muitas muçulmanas quando vestem o Hijáb não sabem o porquê. Por isso as suas defesas na mídia ou em qualquer outro lugar onde são questionadas não tem nada de Islâmico e aparenta que elas vestem quilo por questões de casamento, cultura, raça e imposição.
Abaixo vou mencionar o porquê que uma Muçulmana veste o Hijáb. é preciso deixar bem claro isso para todos.


1. Satisfaz Allah. Ela (a mulher Muçulmana) está a obedecer aos comandos do seu Senhor quando usa o hijaab e pode esperar grandes recompensas de volta.

2. É a protecção de Allah da sua beleza natural. Ela é demasiada preciosa para “estar em exibição” para cada homem te ver.

3. É a preservação de Allah para a sua castidade.

4. Allah purifica o coração e a mente dela através do hijaab.

5. Allah embeleza a sua atitude interior e exterior com o hijaab. Exteriormente o seu hijaab reflecte inocência, pureza, modéstia, timidez, serenidade, contentamento e obediência ao seu Senhor. Interiormente ela cultiva o mesmo.

6. Allah define a sua feminilidade através do hijaab. Ela (muçulmana)respeita sua condição de mulher. Allah quer que ela seja respeitada por outros, e que respeite a ela própria.

7. Allah aumenta a sua dignidade através do hijaab. Quando um homem estranho olha para ela, ele respeita-a por que ele vê que ela respeitas a si própria.

8. Allah protege a sua honra 100% através do hijaab. Os homens não olham para ela de uma maneira sensual, nem a abordam de uma forma sensual, nem falam com ela de uma maneira sensual. Pelo contrário, um homem mantém-a em alta estima e apenas através de um olhar para ela!
(CONT)

Nota:O termo hijáb, diferente do que muitos pensam, refere-se a todo o conjunto da vestimenta da mulher muçulmana, como prescrito no Qur'?n e na Sunnah e praticado pelas companheiras do Profeta, e não apenas a um lenço que cobre a cabeça.

Luis Ah-Hoy Jr. disse...

Simplesmente vou dar a minha opinião pessoal e objectiva sobre o assunto em questão:

se eu fosse professor, tbm não me sentiria nada a vontade e acharia mto inconveniente que uma aluna viesse coberta dos pés à cabeça à minha aula.

Isto é opinião vinda de um ateu, relativamente pouco preconceituoso e com mente minimamente aberta.
Mas há coisas que ñ me cabem na cabeça.
Pelo menos que a aluna descobrisse completamente a cara, para que lhe pudesse as expressões faciais (uma necessidade ke qqr professor sente em relação aos seus alunos).
Agora vir 99% coberta, isso é que não dava.

Mas é só a minha opinião pessoal.

Anónimo disse...

Concordo com o Luis, sou muçulmana, uso Hijab, e tenho mta familia que usa Nikab. aki em moçambique acho que ninguem usa a Burkah, pois é como se fosse uma capa que cobre dos pés a cabeçã, inclusive a cara e olhos.
para um professor deve ser mto dificil saber que esta por traz daquele niqab, ja que não pode ver a cara da pessoa. e nos dias de testes e exames? eu sou contra o uso de niqab- cubrir o rosto na escola, até porque aqui em maputo ja tem escolas prorias para quem usa niqab. mas sou a favor do uso de Hijab, até porque iria contra a minha religião.

Abu Umeir As Salaf disse...

Cont...
9. Allah dá-lhe nobreza através do hijaab. Ela é nobre e não degradada porque está tapada e não nua.

10. Allah demonstra a sua igualdade como uma mulher Muçulmana através do hijaab. O Senhor dela confere-te o valor igual ao do parceiro masculino, e dá-te uma série de belos direitos e liberdades. Ela exprime a aceitação destes direitos exclusivos, usando o seu hijaab.

11. Allah define o seu papel como mulher Muçulmana através do hijaab. Ela é alguém com tarefas importantes. É uma reflexão de uma mulher de acção não de preguiça inútil. Ela demonstra o seu senso de direcção e propósito através de seu hijaab. Ela alguém que as pessoas levam como séria.

12. Allah expressa a sua independência através do seu hijaab. Ela está afirmando claramente que é uma serva obediente do Maior Mestre. Ela não irá de obedecer a mais ninguém e não irá de seguir outro caminho. Ela não é escrava de algum homem, nem uma escrava de qualquer nação. Ela é livre e independente de todos os sistemas feitos pelo homem.

13. Allah dá a liberdade de movimentação e expressão através do hijaab. Ela é capaz de se mover sobre (algo) e comunicar sem medo ou perseguição. O seu hijaab dá-lhe uma confiança única.

14. Allah quer que os outros a tratem como - uma mulher Muçulmana - com bondade. E o hijaab traz o melhor tratamento das pessoas na sua direcção.

15. Allah quer que a sua beleza seja preservada e guardada para apenas um homem desfrutar dela - o seu marido.

16. Allah ajuda-a a desfrutar de um bom casamento através de usar o hijaab. Porque ela guarda a sua beleza apenas só para um homem sozinho, o amor do seu marido por ela aumenta, ele torna-se mais cuidadoso, ele respeita-a mais e honra-a mais. Portanto o seu hijaab contribui para um bom casamento e uma relação duradoura.

17. Allah traz paz e estabilidade na sociedade através do hijaab! Sim isto é verdade! Os homens não causam corrupção através de formarem relacionamentos ilegais porque ela - a mulher Muçulmana - acalma as paixões deles. Quando um homem olha para ela, ele sente-se á vontade, e não tenta-a a fornicar…

Portanto a mulher Muçulmana com hijaab é digna, não desonrada, nobre, não degradada, libertada, não subjugada, purificada, não sujada, independente, não uma escrava, protegida, não exposta, respeitada, não é fonte de risadas, confidente, não insegura, obediente, não pecadora, uma pérola guardada, e não uma prostituta…



Que Allah nos abra a mente para que possamos enteder nossa religião e que possamos guiar os demais.

Allah sabe melhor

Abu Umeir As Salaf disse...

Acho que é muito simples para um professor saber quem está por detrás da burca nas suas aulas, testes ou exames, através de sua voz ou visualização da cara por outra mulher. Isto antes dela entrar na sala ou exame. Neste caso solicita-se a uma outra mulher ou própria colega (uma vez que o homem não deve olhar para ela) visualizar a sua cara e confirmar no seu B.I., pois vejo que esta seria a solução.
Agora o que percebo dos pontos que se envocam em relação ao tapar a cara são:

1- Terrorrismo
2- Laicidade do estado
3- Mal estar do professor, colegas.
4- Probabilidade de outrém fazer teste ou exame para a pessoa.
5- Islamofobia
6- Agenda Ocidental
7 Discriminação e repreesão

E Allah sabe melhor

Luis Ah-Hoy Jr. disse...

15. Allah quer que a sua beleza seja preservada e guardada para apenas um homem desfrutar dela - o seu marido.


Será que é mesmo ALLAH que quer. Não serão (por algum acaso) os próprios homens que usando-se do nome e da eminência de Allah, inventam leis em seu nome?

Sinceramente acho que Allah tem assuntos bem mais pertinentes e relevantes com que se ocupar, do que preocupar-se com algo tão mesquinho como o quanto se cobrem as mulheres muçulumanas qdo saiem à rua.

Just saying....

Abu Umeir As Salaf disse...

Olha irmão, essa lei (Hijáb) não é dos homens, e de Allah nos seguintes versículos do Alcorão:

“Ó Profeta, dize a tuas esposas, tuas filhas e às esposas dos crentes que (quando saírem) se cubram com as suas mantas; isso é mais conveniente, para que distingam das demais e não sejam molestadas. Sabei que Allah é Perdoador, Misericordiador”. [Al-Ahzab 33: 59].

Outro Versículo:
Alcorão Sagrado na Surah An-Nur (24) ayat 31: “Dize às crentes que baixem seus olhares, conservem os seus pudores e não mostrem os seus atrativos, além dos que aparecem (joias, pulseira aneis); que cubram o colo com seus véus e não mostrem os seus atrativos, a não ser aos seus maridos, seus pais, pais de seus maridos, seus filhos, filhos de seus maridos, seus irmãos, filhos de seus irmãos, filhos de suas irmãs, as mulheres [as demais irmãs muçulmanas], os escravos que possuam, seus servos que não tenham desejos sexuais ou às crianças que não discernem a nudez das mulheres. [e diga também] Que ao andar não batam seus pés para que assim não chamem à atenção sobre seus atrativos ocultos. Ó crentes retornai-vos todos a Allah para que assim tenhais êxito [nessa e na outra vida]!”

Quem é que está ou não aqui a mentir. Aqueles que falam de acordo com sua eminência ou aqueles que não conhecem nada de sua eminência. Apenas falam o que ouvem.

Portanto os homens que estão a fazer o abuso e mau uso do nome de Sua eminência são os que ocultam estes versículos, interpretando a seu belo prazer e negando algo que está prescrito por Sua Eminência.

Temos que ter cuidado de tocarmos assuntos sem investigarmos, evitando falar de coisas que não sabemos e causar polémica nas obrigatoriedades dos outros.
Niqáb é obrigatório apartir destes versículos, existem mais provas.

Que Allah te ilumine e ao outros o coração e faça serem verdadeiros, voltando para Ele.