Um texto no qual podemos encontrar alguns apontamentos sobre a produção de multidões na Líbia: "Os negócios nunca estiveram tão bons para Abdul Basit Sawaan, gerente de uma loja que vende fardas para apoiadores do líder líbio, Muammar Gaddafi. (...) Em Trípoli, as ruas são patrulhadas por temíveis milícias (...). A vasta máquina líbia da propaganda estatal atrai multidões às ruas de Trípoli para criar uma impressão de apoio esmagador ao dirigente. A praça Verde, no centro da capital, parece agora receber uma interminável manifestação de apoio a ele, com frequente presença de bandas de música, fogos de artifício e pessoas com bandeiras."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
6 comentários:
Obrigado caro Professor por estar sempre a abrir-nos os olhos!!!
Se se confirmar o controle de todas as cidades por parte do Gaddafi, será uma derrota amarga para o ocidente.
Nao vejo em que contexto se pode considerar uma derrota do ocidente, uma vez que, este, mais do todos deseja a manutencao de Kadhaffi no poder.
E isso e muito evidente na hesitacao em proclamar a dita NO-FLY ZONE.
Hoje mesmo, ouvimos uma declaracao enigmatica do G8 que da luz verde a Kadhaffi para resolver o assunto usando todos os meios que dispuser.
E hoje mesmo fiquei a saber que Adjebadya foi tomada. Sendo assim, restam aos rebeldes, Benghazi e Tobruk.
Dos sete dias vaticinados por mim, ja so faltam tres. Tempo suficiente para Kadhaffi tomar Tobruk e fechar a linha de abastecimento a partir do Egipto, para depois em movimento de pinca cercar Benghazi onde desferira o golpe final por ar, terra e mar. E a guerra do deserto, similar a uma batalha naval, facilitado pela excelente rede de estradas da Libia.
Havera sangue em Benghazi. E por culpa da comunidade internacional. Quanto a NO-FLY ZONE, ela sera instituida. Mas, incrivelmente, para proteger Kadhaffi que cedera o poder a seu delfim Saif, o "homem" da London School of Economics, hoje aprovado no teste de poder a que foi submetido(!!!).
Quanto aos amigos da causa LIBIA e da LIBERDADE. Vamo-nos esquecer deles...
Obama ordenou ao líder líbio que abandonasse o poder; imposeram sanções financeiras ao regime líbio; estacionaram navios militares no mediterâneo; criaram acusações contra Gaddafi no tribunal penal internacional, acusando-o de crimes contra a população líbia, O Presidente francês Nicolas Sarkozy reconheceu os rebeldes como representantes do povo líbio, a Inglaterra quer a todo custo um NO-FLY ZONE.
Os planos ocidentais parecem não resultar em nada, ao menos que intervêm militarmente.
Por favor, leia esta magnífica análise:
http://gulftoday.ae/portal/294aaba7-9d36-4dcd-a253-9c990199f788.aspx
Puro teatro para consumo publico...
Em diplomacia, ha uma diferenca entre o que se diz publicamente e o que se faz na realidade.
Por exemplo, no Bahrain, os EUA aconselharam a resolucao pacifica da questao. Diplomaticamente, recomendaram a Arabia Saudita que interviesse militarmente em seu nome. Acto continuo, os dirigentes do Bahrain que tanta "abertura" mostravam a duas semanas, impuseram o estado de sitio por tres meses (renovaveis).
E se duvidas persistirem a respeito destas jogadas de bastidores, recomendo o estudo do que publica no Wikileaks. E as sancoes de Kadhaffi. Que sancoes? E como se aplicam? O que significa "congelamento"?
Nada mais do que preservar os activos ocidentais em alta, em todos o casos onde Kadhaffi colocou dinheiro. Pior ate, as ditas sancoes so BENEFICIAM os ocidentais. Perde Kadhaffi, porque e como se lhe fosse ao bolso sem autotizacao. E perde o povo libio porque nunca vera um tostao no seu territorio...
Essa e que e a VERDADE!
Enviar um comentário