28 março 2011

A produção de desconforto para conforto social (3)

Escrevi no número inaugural desta série que a produção de desconforto para que haja conveniência e conforto social é um dos mais interessantes campos da vida dos gostos em geral e da ruptura para com o corpo-em-si em particular.
Vou tentar partilhar convosco algumas ideias que requerem pesquisa e comprovação.
A segunda ideia é a seguinte: o corpo tem duas características, uma é que ele é um ser em estado puro, é natureza, é um ser que incorpora (alimentação) e expulsa (fezes, urina e suor); a segunda característica é que o corpo é um ser sexual, ameaçador, cobiçado, temido.
A história da humanidade é, em grande medida, um processo de ocultação dessas duas características de instintualidade pura e imediata, um processo de comutação da natureza em cultura.
(continua)

2 comentários:

Salvador Langa disse...

Olhe que as mulheres ainda se vão zangar Professor!

Carlos Serra disse...

Boa charge a sua, mas o tema não tem sexo.