02 novembro 2010

Graça, Marcelino e Rebelo: a frente crítica (7)

Avanço na série, baseado no sumário.
2. Os temas da frente crítica (continuidade do ponto). O segundo ponto da frente crítica assenta na publicidade incessante do mundo de negócios. Aqui, Marcelino de Santos é a referência. Na verdade, o veterano da Frelimo toca num ponto focal: o mundo dos negócios, o mundo dos empreendedores, o mundo do lucro, do enriquecimento, do Capital (preste-se atenção aos cursos oferecidos a trouxe-mouxe por várias universidades do país), é, hoje, no país do import-export, o tema vector dos discursos de líderes urbanos de vários tipos e de várias ambições, discursos acompanhados do apelo à "cultura do trabalho" (o que significa que se admite que as pessoas trabalham pouco ou que, simplesmente, não trabalham) e simbolicamente homologados, todos os dias, pelos pastores das igrejas neopentecostais do tipo milagreiro-salvacionista (sobre a Igreja Maná, confira o artigo 8 aqui; sobre a IURD, o artigo 14 aqui).
(continua)

2 comentários:

Muso disse...

De alguma forma tem a haver com acual senda de declaracoes de algumas figuras publicas:
1- Representante diplomatico de Mocambique na RSA quando questionado pela c.social sobre a gravidade do incidente fronteirico " bom, estamos em contacto com as autoridades sul africans no ambito das nossas boas relacoes,mas nao e grave, so se houvesse um numero maior de mortes".
2-Ministra do ambiente a STV " nao ha perigo nenhum no bypass da MOZAL. Entao nao moram ao seu redor membros do governo, tinha logica permitir a propagacao de gases perigosos pondo em risco de vida quadros do estado? Estudem e vejam os documentos de analise ambiental feitos pela UEM e duas empresas contratadas pela MOZAL na Belgica e EUA".
Bom, ainda ninguem questionou onde anda o estudo do impacto ambiental do estadio nacional e o da aldeia olimpica.

Nelson disse...

Essa coisa de estudo do impacto ambiental só serve mesmo para o Malawi