27 novembro 2010

África enquanto produção cognitiva (3)

Mais um pouco da série.
Não sei exactamente onde situar o período a partir do qual África começa a ser analisada, de forma sistemática, em termos de qualificativos inferiorizantes, de anti-história.
Tenho por hipótese que a produção ideológica de África enquanto repositório de suposto atraso histórico começou e reproduziu-se quando (1) os seus povos se tornaram também uma matéria-prima, designadamente com a escravatura; e (2) quando a colonização se constituiu como prática política regular. Talvez se possa ter os séculos XVI/XVII como pontos de referência, sendo os séculos XVIII e XIX aqueles nos quais a racialização se estruturou no quadro colonial.
Prossigo mais tarde.
(continua)

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