Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
09 setembro 2010
Azagaia
No tocante às manifestações populares, o rapper moçambicano Azagaia (Edson da Luz de seu real nome) tem um texto crítico a vários níveis, incluindo o da pequenez das exigências populares. Aqui.
A questao de Azagaia sobre o que deseja o Povo, como objectivo 'e muito importante,
Mas a resposta a isso se enconta no post relativo ao editorial do Salomao:
Falta "interlocutor valido", e o governo impoe que so eles sejam os "interlocutores validos" com eles mesmo,
Por outra, opta o governo por criar um monologo, e chama de dialogo, onde o Povo tambem sao eles e o governo tambem,
Agravando, com a insistencia e teimosia, o nao nao reconhecer da existencia duma Sociedade Civil Independente, e controlando excessivamente os seus centros deproducao do saber,
A interlocutor é a questão chave, mas o governo da Frelimo não quer interlocutor. Quase todas as organizacões da sociedade civil estão/são cooptadas. No caso de resistência duma, a Frelimo cria uma sua para criar sombra. Neste momento, penso que a única organizacão da sociedade civil que resistiu à cooptacão é LDH e a sombra criada pelo poder não teve sucesso. Entretanto essa sombra usa-se para representar a sociedade civil, por exemplo na CNE. As tantas até quis-se cooptar a blogosfera mocambicana. Observando muitas das organizacões da sociedade civil não é difícil concluir que de sociedade civil elas não têm nada. A OTM serve a que trabalhador? A ONP server a que professor? A Ordem dos Advogados, serve a que advogado? Os representantes dessas organizacões que se pretendem da sociedade civil pensam nas mordomias. No pior as organizacões partidárias em Mocambique são apenas para bajular a lideranca partidária. Não tenho dúvidas que neste momento, por exemplo, deva andar por aí um plano para eliminar ou criar-se sombra o/ao Parlamento Juvenil que neste momento está a tentar em falar para e dos jovens.
A outra questão é se sem espontaneidade nem representante seria possível uma manifestacão. Pacheco ou a FIR deixaria que alguém organizasse alguma manifestacão sem que se sujeitasse à prisão domiciliária??
4 comentários:
A questao de Azagaia sobre o que deseja o Povo, como objectivo 'e muito importante,
Mas a resposta a isso se enconta no post relativo ao editorial do Salomao:
Falta "interlocutor valido", e o governo impoe que so eles sejam os "interlocutores validos" com eles mesmo,
Por outra, opta o governo por criar um monologo, e chama de dialogo, onde o Povo tambem sao eles e o governo tambem,
Agravando, com a insistencia e teimosia, o nao nao reconhecer da existencia duma Sociedade Civil Independente, e controlando excessivamente os seus centros deproducao do saber,
A interlocutor é a questão chave, mas o governo da Frelimo não quer interlocutor. Quase todas as organizacões da sociedade civil estão/são cooptadas. No caso de resistência duma, a Frelimo cria uma sua para criar sombra. Neste momento, penso que a única organizacão da sociedade civil que resistiu à cooptacão é LDH e a sombra criada pelo poder não teve sucesso. Entretanto essa sombra usa-se para representar a sociedade civil, por exemplo na CNE. As tantas até quis-se cooptar a blogosfera mocambicana.
Observando muitas das organizacões da sociedade civil não é difícil concluir que de sociedade civil elas não têm nada. A OTM serve a que trabalhador? A ONP server a que professor? A Ordem dos Advogados, serve a que advogado? Os representantes dessas organizacões que se pretendem da sociedade civil pensam nas mordomias.
No pior as organizacões partidárias em Mocambique são apenas para bajular a lideranca partidária.
Não tenho dúvidas que neste momento, por exemplo, deva andar por aí um plano para eliminar ou criar-se sombra o/ao Parlamento Juvenil que neste momento está a tentar em falar para e dos jovens.
A outra questão é se sem espontaneidade nem representante seria possível uma manifestacão. Pacheco ou a FIR deixaria que alguém organizasse alguma manifestacão sem que se sujeitasse à prisão domiciliária??
Emotivo, mas distraido, Azagaia pergunta:
"...Alguém sabe de algum encontro do governo com os doadores (escapou-me)? Estas e outras perguntas não se querem calar na minha cabeça..."
Pois houve uma visita de um Vice-Ministro Italiano logo no primeiro dia dos tumultos para anunciar 70 milhoes de dolares...
O resto ja e sabido.
Esqueci-me. Julgo que o CIP com Marcelo Mosse na direccão não está ainda cooptado.
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