10 junho 2010

EUA/MBS: o prisma dos comentários (3)

Mais um pouco desta série.
No número anterior propus sete pontos de análise, tomando em conta os comentários que leitores de jornais online e blogues têm feito.
O primeiro ponto chama-se "Generalizado anonimato dos comentadores".
Efectivamente, é muito difícil encontrar alguém que, estando a favor ou contra o empresário Bachir, critique ou não os EUA, seja analítico ou superficial no comentário, exiba o seu real nome, se identifique em pleno, não tema expor-se. Não é possível conhecermos as razões que levaram e levam os leitores a fecharem-se no anonimato. Potencialmente, estamos diante de um espectro que vai da prudência ao medo num tema de risco, o de uma acusação de envolvimento no narcotráfico. De qualquer das formas, é na condição de anonimato, na consciência dessa posição confortável, que os leitores anónimos, profusos em pseudónimos, escrevem condenações veementes.
Vá conferindo os comentários aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
(continua)
Adenda: para não sobrecarregar esta postagem aqui, transfiro para esta a sugestão de leitura da "Revista de Imprensa" da "Agência de Informação de Moçambique", sugerindo-vos que aí leiam a peça intitulada "Narcotráfico: EUA mantêm acusações contra Bachir", aqui.
Adenda 2 às 11:51: tenho para mim que vale sempre a pena recordar periodicamente as regras para se comentar ou fazer publicar textos neste diário, na íntegra situadas ao fundo do canto direito, parcialmente citadas abaixo:
Adenda 3 às 16:12: sugiro leia o jornal "@Verdade" aqui e aqui.

17 comentários:

Anónimo disse...

DRUGS: US TREASURY DEFENDS ACTION AGAINST BACHIR
By Paul Fauvet

Maputo, 9 Jun (AIM) – Mozambican businessman Mohamed Bachir Sulemane, named last week by US President Barack Obama as a drug baron, “imports heroin from south-east Asia and cocaine and marijuana from Latin America”, accused Adam Szubin, director of the US Office of Foreign Assets Control (OFAC), speaking at a video conference between Maputo and Washington on Wednesday.

Szubin said that Bachir moves the drugs through Mozambique and on to final destinations elsewhere, such as South Africa and European markets.

OFAC is the agency in the US Treasury Department that implements sanctions against individuals and companies whom the President has named as involved in drugs trafficking, terrorism, and nuclear proliferation

Szubin described Bachir’s alleged narcotics operations as large scale, but could not put an exact figure on them. He stressed that it is not small fry who are named by the US President as “narcotics kingpins”, adding “he is viewed by us as a very significant trafficker”.

Several journalists demanded that Szubin make public the evidence that OFAC had gathered against Bachir, but he declined to do so, pointing out that OFAC had not initiated any judicial proceedings against Bachir.

The naming of “kingpins”, he said, is an administrative act intended to protect the US financial system against the proceeds of narco-trafficking. “The objective is to disrupt the financial operations of narcotics cartels, making it harder for them to achieve their goals, and to protect our financial system from dirty financial flows”, Szubin declared.

He said that evidence against drug barons is gathered from a variety of US agencies (primarily in law enforcement and intelligence”, and for anyone to be named as a “Tier One narcotic kingpin” requires “a high level of security about the evidence”.

“This is not a criminal process”, said Szubin, “in that documents do not go before a court, we are not prosecuting Bachir, and we are not trying to put him in jail. We just have evidence that he is a trafficker and we want him out of our financial system”.

Bachir claims he has no bank accounts in the US, and no financial transactions with any US companies. Szubin would not comment on these claims, but he stressed that OFAC investigations into Bachir’s affairs would continue.

Bachir’s three known companies had been named and are under OFAC sanctions, meaning that no US citizens or institutions may have any dealings with them. But drug barons in the past have changed the names of their companies, or “set up new front companies, new shell companies”. Bachir might do the same, said Szubin, “and we shall take further action as appropriate”.

A spate of pro-Bachir propaganda articles and editorials in the Mozambican press have used the fact that names are regularly depleted from OPAC’s kingpin list in order to claim that the American agency is incompetent, and names the wrong people. But Szubin replied that names are deleted when the individuals concerned give undertakings to sever all their links with narco-trafficking.

None of the deletions were because OFAC had made a mistake in its initial investigation, he said. “Typically, an individual approaches us, and says ‘you designated me, I want to get off the list, and I will have nothing more to do with drugs. I will cut all my ties with trafficking, if you take me off the list’”

fim da parte 1

Anónimo disse...

parte 2

In such cases OFAC makes a judgment as to the credibility of the repentant trafficker. Often those requesting that their names be deleted are people with minor roles in cartels, or family members sitting on the boards of companies implicated in trafficking. OFAC, Szubin said, regarded the removals “as a success – we have turned these individuals away from trafficking”.

But “Tier One Kingpins”, he added, never apply for delisting, because they have spent years or decades in trafficking “and have no intention of changing”.

However, if Bachir, or anyone else designated as a “Tier One Kingpin”, were to request delisting, “we will look at it, we will always entertain such requests, but we would ask some very hard questions”.

Szubin denied that there was any lack of due process, since any person on the list can appeal to the US courts. “These actions can be rescinded by a court”, he said. “Should Bachir wish to challenge our actions, he may do so in a US court. Then a judge would look at the evidence we have”.

Asked if Bachir could visit the US, Szubin said that depended on whether he was granted a visa “and the State Department would look very critically at such an application”. If he does set foot on US soil, Bachir would not be in immediate danger of arrest, since no indictment has been issued against him.

As for Bachir’s relations with non-American bodies, such as Mozambican banks, “it is our hope that banks and other organisations will take a very close look at his activities”, Szubin said.

The US official declined to answer questions on whether anybody in the Mozambican government or the ruling Frelimo Party had facilitated Bachir’s activities, and said he could not comment on information gathered during the investigation.

OFAC was “interested and willing” to have continuing discussions with the Mozambican authorities on issues of narcotics trafficking, he added.
(AIM)
Pf/ (882)

Carlos Serra disse...

Nao respondo a anónimos, mas aconselho o presente a, proximamente, colocar textos em português.Obrigado.

Abdul Karim disse...

'E "Retumbante" a opiniao publica contra o "sir",

Defende-lo nessa circunstncia, a nivel nacional, 'e um tremendo erro,

mas, temos alguns propagandistas pro-"sir" que pretendem "suicidar-se", e pensam que o Povo esta dormir ainda,

Insistem num sistema que ja caiu.

Anónimo disse...

Prof.
Tudo bem Teacher
as pessoas estao com medo e o prof. sabe a droga movimenta muito dinheiro e pagam a quem quiser para tirar a vida e portanto as pessoas tem medo Dr.


Mario Lithuri

umBhalane disse...

"as pessoas estao com medo e o prof. sabe a droga movimenta muito dinheiro e pagam a quem quiser para tirar a vida e portanto as pessoas tem medo Dr."

Se fosse SÓ com a droga.

E o Estado/frelimo, desde sempre.

As pessoas têm memória, e o pior é que as moscas e o respectivo "material" ainda é o mesmo!

Nalguns sítios mudaram as moscas.

Daí o medo, a cautela, a auto-preservação...

Ricardo Monteiro disse...

Caro Professor

Como sabe estamos num pais, onde fazer comentarios ainda por cima numa situacao destas e muito complicado, porque isso pode em algum momento perigar a vida de que faz comentarios deste tipo. Sendo assim Professor peco que o Professor compreenda a atuituide dos comentadores anonimos e de outros.

Outra questao, tenho falado com algumas pessoas que algumas vezes enviam comentarios (nao anonimos) e estas pessoas reclamam sempre, porque o Professor as vezes nao publica os seus comentarios. Estamos num pais onde os cidadaos tem direito a liberdade de expressao.

Um abraco

ricardo disse...

Depois do Entusiasmo e a Desilusao, atingiu-se o estagio 3. O panico:

Falatorio geral, desencontrado. Isto promete.

Espero pelo seguinte...

Abdul Karim disse...

Ricardo,

Segundo a tua estrutura,

Vamos ao stage 4 - Procura de Culpados.

Continuo confiante no facto do Stage 5 e 6 vir a ser diferente desta vez.

Anónimo disse...

Desculpe professor. o comentario anterior era para a peça CM , onde a PAR Veronica Macamo diz que "o pais corre o risco de formar uma geração de corruptos"

Foquiço disse...

Se eu comentasse:

Se entendi Maquiavel, ele admite o uso de qualquer meio (violento ou não) na prossecução dos fins... e nega ou é contra a neutralidade do actor “racional” na prossecussão daqueles. Desde o Tratado de 1648, de Westfália, os Estados são concebidos soberanos, sendo iguais uns aos outros dentro do Sistema Internacional (é teoria. Porém, tenho para mim dúvidas se, “na actualidade”, é possível agir sem recorrer a “essas” teorias). Não ser neutro significa, para mim, conhecer a teoria e invocá-la ou, simplesmente, ter informação e agir (empiria). Eis a questão: o Governo ou Estado Moçambicano está a agir? Ou está a espera do outro? Ou tem medo (fraco)? O nível de análise aqui é o de colocar os dois Estados numa balança e negar que qualquer dos dois acuse “deliberadamente” o outro ou seus cidadão (pois, Sto Agostinho refere que Estado existe se houver um povo – prefiro “cidadãos” que “povo”)... é preciso trazer substância. Que a exija o Governo moçambicano (a maior vítima dessa acusação – acho eu) e, ao mesmo tempo, que trabalhe (acredito que está a trabalhar) no sentido de descobrir a origem da fumaça e tratar de se servir das leis que os nossos ilustres deputados produzem (acho que a de “barões” ainda não – esse é nosso problema, improvisaremos se for necessário) para punir os narcotraficantes. Que não se confundam os EUA com a NU ou outros organismos de natureza equiparada. Enfim, o ponto para mim é esse e não a pessoa do MBS.

Mas não comentei,
Obrigado!

Abdul Karim disse...

Tambem fico com algumas duvidas, relativamente a ONU,

A ONU deve realmente comecar a pegar alguns processos nossos, limitou-se a ficar no silencio a quando da fraude eleitoral, limitou-se a ficar no silencio nas duas questoes de axfixiamentos , esta no silencio na questao de ameaca terrorista as portas do Mundial, e agora tambem fica calada com acusacao sobre o "nosso orgulho" acusado de narcotrafico.

Essa ONU devia comecar do principio, primeiro Montepuez, depois Mongicual, depois fraude, depois terrorismo, depois narcotrafico.

Ou devia ir la pra 1975 e comecar com execussoes sumarias, fusilamentos ?

A ONU devia comprender que "'e nosso orgulho", "nossa identidade", "nossa soberania", "nosso Povo", que de repente hoje, comecou lembrar de ONU.

Por favor ONU, diga alguma coisa, se nao USA vao tratar mal do "nossos camaradas", "nosso orgulho", "nossos empresarios de sucesso".

Nao 'e ?

Anónimo disse...

Faço minhas as palavras de Domingos Alexandre Simbine, num texto do jornal Notícias intitulado "Reflectindo sobre "caso MBS" e o narcotráfico", quando diz:

"- pessoalmente gostaria de saber se o MBS publica normalmente as suas contas em jornais ou no Boletim da República? Se o MBS estaria em condições de demonstrar o cumprimento normal das suas obrigações fiscais e alfandegárias, ou seja, quanto paga de imposto e quanto devia pagar comparado com outras empresas".

"Também gostaria de saber se MBS estaria em condições de publicar a lista dos seus accionistas"

ACRESCENTO: é ou não verdade que, há bastante tempo, o Banco Central exigiu ao maior Banco da nossa praça a constituição de provisões sobre os empréstimos,concedidos para o Kayum ? Se sim, porquê ???

Roque

Carlos Serra disse...

Texto referido, extraído do "Notícias", em duas partes:
(1)
Pesquisa simples

Reflectindo sobre caso MBS e o narcotráfico
SR. DIRECTOR!

O arrolamento do patrão do Grupo MBS na lista dos barões do narcotráfico pelo governo norte-americano pode levar-nos a uma série de reflexões. Numa primeira fase, podemos considerar que o aparecimento deste compatriota naquela lista vem a confirmar as alegações ou interpretações diversas em relação à sua riqueza abrupta, as suas ligações com o tráfico de droga e influência política.

Mas, na minha forma de ver, isto resulta do facto de que não parece haver transparência no processo de enriquecimento em Moçambique. Por exemplo, é fácil encontrar informação sobre como Henry Ford, Toyoda, Honda, Bill Gates, entre outras personalidades do mundo dos negócios conseguiram sair do nada e tornaram-se ricos. Essa informação pode ser encontrada nos diferentes livros de economia, gestão, marketing, na Internet, em biografias e autobiografias, etc. Mas, os poucos homens bem sucedidos no mundo dos negócios que temos em Moçambique, vivem em seus mundos fechados, pouco ou nada sabemos sobre como é que conseguiram vencer na vida e se tornarem ricos – dando aso a uma série de especulações, por vezes acertadas, por vezes não, através dum sistema de comunicação expontânea.

Escrevendo as suas histórias de luta pelo sucesso, o País iria ganhar de várias formas, nomeadamente, no campo económico-pedagógico – mostrar aos outros cidadãos como as pessoas podem definir o seu próprio destino; decidir sobre o seu sucesso, com base no esforço próprio, objectividade e determinação; no campo espiritual – mostrar que para se ser rico não é preciso ter sorte, ir a um curandeiro ou dizimar membros da família – é só uma questão de pensar e agir como rico; no campo do direito, mostrar que é possível ser-se rico sem recorrer a práticas de corrupção e tráfico de influências, pagando/cumprindo com as suas obrigações para com o Estado; no campo político – demonstrar que não precisamos de recorrer ao lambebotismo político-partidário para vencermos.
(continua)

Carlos Serra disse...

(2) (término)
Deixem-me abrir um parênteses para dizer que a tarefa de escrever as histórias dos nossos homens de sucesso no mundo dos negócios não é pura responsabilidade deles mesmos, mas também dos nossos escritores, cineastas, realizadores – já basta de miopia no seio da nossa literatura e cinema – com os autores a produzirem o que acham bonito e bom para eles, vendendo as suas obras basicamente dentro da sua classe e a queixarem-se de que o Estado não olha por eles – é preciso produzir para informar e formar os nossos cidadãos. Também gostaria que histórias de sucesso no mundo dos negócios aparecessem nos livros escolares, nos mídia, em documentários, filmes, etc., para inspirar as novas gerações – já basta de exemplos dos Fords, Hondas, Toyodas, Phillips, Bill Gates e companhia. Quero exemplos de meus compatriotas para que eu perceba que não só é possível enriquecer na América, Ásia e Europa, mas também no meu país e em África no geral.

Associado a isto está o preconceito, que os moçambicanos têm do dinheiro e da riqueza – associar a riqueza e o dinheiro à superstição, ao tráfico de droga e de órgãos humanos, à corrupção, ao crime, ao mal, etc. Aliás, isto não vem por acaso, em Moçambique são muito poucas as pessoas que conseguem ficar ricas honestamente, porque como deve ser do domínio público, o nosso país é um dos lugares mais difíceis de fazer negócio no mundo. O nosso sistema de licenciamento de actividades económicas, a banca, a nossa legislação fiscal e outros instrumentos de regulação parecem, quanto a mim, estarem mais próximos de dificultar a um cidadão comum de exercer a uma actividade económica/comercial do que facilitar.

Voltando ao assunto em questão, “Mohamed Bachir Suleman arrolado pelo Estado norte-americano como um dos barões do narcotráfico” – pessoalmente gostaria de saber se o MBS publica normalmente as suas contas em jornais ou no Boletim da República? Se o MBS estaria em condições de demonstrar o cumprimento normal das suas obrigações fiscais e alfandegárias? Ou seja, quanto paga de imposto e quanto é que devia pagar comparado com as outras empresas da mesma dimensão? Também gostaria de saber se o MBS estaria em condições de publicar a lista dos seus accionistas? Etc. Talvez isto venha a ajudar a esclarecer ou demonstrar a inocência ou não do nosso compatriota. Vir à imprensa declarar-se inocente é a coisa mais fácil de fazer para lavar a imagem. Mas não basta autodeclarar-se inocente, é preciso provar com factos.

Até aqui não vi nenhum pronunciamento do Procurador Geral da República sobre a matéria, seria bom que em nome do Estado Moçambicano esta entidade se pronunciasse e informasse que passos estão ou serão dados para esclarecer (o mal entendido) e limpar a imagem de Moçambique. Quero que o mundo saiba que em Moçambique é possível enriquecer honestamente. Quero que o mundo saiba que em Moçambique existem instituições sérias e comprometidas com a justiça e que não pactuam com o crime seja qual for o grau de influência económica, social ou política dos seus praticantes. É uma questão de soberania nacional – ou seja, trata-se da imagem do cidadão moçambicano Mohamed Bachir Suleman, mas também do bom nome de Moçambique.

Mais não disse, nem sequer quis dizer!
Domingos Alexandre Simbine
http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/berwsea0.simples

Reflectindo disse...

Caro Foquiço

Fiquei indignado ao ver a Presidência, o Gabinete do PM e o MNE a assinar e carimbar a carta de Mohamed Bachir Suleman à Embaixada dos EUA. Questionei isso aqui, pois qualquer um sabia que a Embaixadora não iria receber. Mas ela é boa, mesmo assim organizou a vídeo-conferência. É que antes de se apontar o dedo Bachir apontou-se o nosso território como trânsito de drogas e isso em si é preocupante...
Pessoalmente é que esperei que o MNE estaria em contacto com o governo dos EUA para se informar detalhadamente sobre o dossier. Eu acredito que é isso mesmo que o nosso governo está a fazer. Se não estiver a fazer isso, não acredito que seja por se sentir fraco, talvez o medo de qualquer coisa que eu não sei dizer...
Lembremo-nos que há muitas contradicões sobre se o governo mocambicano foi oficialmente informado ou não... Não estou entender do porquê o Governo Mocambicano não tenha ainda organizado uma Conferência de Imprensa a propósito do caso... Preocupante para mim.

ricardo disse...

Caro Reflectindo,

Os carimbos dos gabinetes nao signficam nada. Sao procedimentos administrativos comuns na funcao publica.

Que levar uma copia e pedir para confirmar a recepcao, ela e carimbada.

E isso e para qualquer cidadao Mocambicano, e nao apenas para MBS.

Mas concerteza, MBS quis marcar posicao dizendo que o seu assunto tambem ja era de "conhecimento oficial" das estruturas. E, nesse particular, quem quiz beneficiar-se dos CARIMBOS foi BACHIR!

E parece que o conseguiu.