Mais um pouco desta série.
Escrevi no número anterior que, "pouco a pouco, os cientistas constituíram-se em grupos separados por fronteiras disciplinares, mas todos comungando na profissão de um saber afastado do saber comum das comunidades e operando em estabelecimentos especiais."
Na verdade, a característica central dos cientistas sociais foi a de se terem institucionalizado como uma elite cuja função era e é a de eliminarem a opacidade do social, tornando-o mais transparente e controlável. Eles são, tenham ou não consciência disso, os sacerdotes da ordem. Regressarei a este ponto.
(continua)
1 comentário:
Professor, com relação ao já afirmado em números anteriores da série, pergunto, porque me inquieta:
Seria apenas pensar o social e produzir conhecimento a função do cientista social? Não há para ele algum papel de maior intervenção social do que este? Algo como o uso do conhecimento por si próprio produzido, entende? Porque se ele apenas produzir e detiver o conhecimento, será mesmo um sacerdote, mais um como tantos, em sua torre de marfim a assistir do alto tudo o que sucede ao redor e que tantas vezes carece de mudança, não é?
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