01 dezembro 2013

O boato do tira-camisa e a síndrome de Muxúnguè (4)

---"No terreno, não se constatou quem foi recrutado, onde, como, quando e nem o quartel onde eles estejam a treinar, neste momento. Estas cinco evidências não são comprovadas.”
---"No terreno, a nossa equipa de reportagem interpelou muitos jovens sobre o assunto, no entanto, ninguém conseguiu apresentar prova desta informação, limitanto-se apenas a afirmar que circulava informação de que muitos jovens estavam a ser recrutados para tropa."
---"Se as pessoas definem certas situações como reais, elas são reais em suas conseqüências."
Quarto número da série. Termino o primeiro ponto do sumário apresentado aqui1. Introdução. Este foi mais um sismo social no país. Enquanto decorria e mesmo após o seu término, em certos canais de informação - de jornais a redes sociais - foi intensamente vivido, comentado, descrito e ampliado. Chegou a altura de passar ao ponto seguinte do sumário, abordando o teorema de Thomas e a disseminação de um duplo boato, seja ao nível do que se passou, seja ao nível de como foi apelidado o fenómeno. Se não se importam, prossigo mais tarde.
(continua)

1 comentário:

nachingweya disse...

Não sei até que ponto se pretende obter depoimentos do tipo" eu fui raptado pele exército nacional no carro com matricula x".... Eu sou do tempo em que íamos ao baile, digamos na Casa dos Bicos ou no Ferrovario, e, as 04:00 horas da madrugada estacionavam em retaguarda camiões Toyota 6000 mesmo a porta e , por causa da falta de um papelzinho como o bi, a pessoa era transportada para um campo de reeducação em Gorongosa ou Unango.
Há informações de muitas deserções a par de muitas mortes nas fileiras do exército na região centro mesmo agora que o Ministério está a preparar brindes de Natal para os seus quadros de ar condicionado. Até quando pretender que tudo está bem, tapar o astro sol com uma peneira?
Os meninos que estão a morrer têm família.
PS:O único presidente de Moçambique que colocou pelo menos um filho no SMO foi Samora