13 agosto 2012

Um excelente editorial

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5 comentários:

nachingweya disse...

Bem visto, sim senhor. Para além do que se disse seria de se estimular a deslocação do habitat associado a melhoria das condições de produção: terras de cultivo irrigadas. Coisas simples como aqui em Massaca e Mafuiane; a cada família uma casa e 1,5 ha de terra irrigada para produção. Esta parte significaria a indemnização por deslocação e expropriação de bens da família. A manutênção das bombas e o pagamento da factura de energia da estação de bombagem seria a responsabilidade social da concessionária pelo periodo de concessão. Assim, Cateme seria um polo de desenvolvimento e não um cemitério de sonhos.
O telefonema de Maputo... muitas vezes partindo de alguém sob pressão de lobbies que só tem um mapa e estatística demografica pela frente.
Faz lembrar o que dizia um comandante zimbabweano ajudando o exercito nacional durante a guerra civil: 'fazer guerra longe de casa facilita algumas coisas porque a probabilidade de haver primos no percurso é pequena'.

ricardo disse...

Muito bem escrito. E por falar dos telefonemas de Maputo, lembrei-me duma epoca nao muito distante (2010) em que passando pela cidade da BEIRA tive de esperar 2 dias para ter internet Banda Larga. E que era preciso fazer "telefonema" a sede em Maputo, para se ter a autorizacao...

Pais assimetrico. Pais latrinico.

Salvador Langa disse...

Textos de ponta por vezes acontecem nesse semanário.

administrator disse...

Faz-me pensar, com tristeza, todas as oportunidades perdidas, durante estes indignos reassentamentos, para melhorar a vida dessa gente que, como diz a canção brasileira "gente humilde... que vai em frente sem saber com que contar".

Há tanta coisa que pode ser feita, não por empresas, mas pelas próprias pessoas, se lhes proporcionarem a oportunidade e os recursos valiosos mas pouco dispendiosos, dando-lhes assim mais umas valências para poderem "ir em frente".

... é gente humilde, que vontade de chorar".

Anónimo disse...

MAs nao precisamos ir longe para ver este tipo de projectos de uso da terra. Basta irmos a Laulane e veremos coisas muito parecidas. É um bairro proximo de Maputo, pensado com estrada estreitas com cerca de 7 metros (ou menos) de largura, incluindo os passeios, onde para que dois carros se cruzem é um problema... e se algum resolver estacionar... pior, As pessoas têm que andar na estrada. Com terrenos de 30x15, mas sem espaços para lazer, para escola, para os postos de policia, médico, de bombeiros e outros serviços públicos. Sem espaço para o jardim para as crianças brincarem, e espaço para desporto, enfim... Na verdade esse tipo de "assentamentos" estão pensados para vivermos em casa... dentro dela, por isso os terrenos são grandes mas nao há espaço para mais nada... só para viver, só. Mas este pensamento é proprio de quem o planificou. Como sempre viveu no suburbio, acha que a estrada com 6/7 metros de largura já é uma auto estrada, no seu conceito de estrada (beco do suburbio) aquela estrada já é um grande crescimento... na verdade pode ser 7 vezes maior que a do beco... E se aqui, nas nossas barbas é assim, aqui, onde nao é preciso telefonemas para Maputo, o que esperar de lá em Matema, ou Macalodge, ou Namarroi? Enfim... é o pais em que vivemos...