14 setembro 2011

Mil homens queixaram-se de mulheres violentas

Segundo Gilberto Macuácua: "Cerca de mil homens em Moçambique apresentaram queixas à Polícia no primeiro semestre de 2010 por terem sido violentados pelas mulheres, indicam dados divulgados ontem pela Rede Homens Pela Mudança (HOPEM)." Aqui.
Comentário: não consegui ainda localizar o portal da HOPEM, se é que o têm. Mas isso agora não interessa, tal como não me interessa discutir agora quer o peso estatístico apresentado, quer o conceito de violência. O que me interessa e provavelmente também interessa às leitoras e aos leitores, é a formação de uma associação moçambicana integrando homens que se consideram vítimas de violência feminina.  Finalmente, leia este texto em inglês aqui (para traduzir, aqui) e consulte o blogue de Gilberto Macuácua, aqui.
Adenda às 10:10: recorde neste diário aqui.

16 comentários:

BackstageEL disse...

Gabinete de Atendimento de Homens vitimas de violencia feminina...

Precisamos disso a muito tempo, para consolidar a igualdade de direito que as mulheres tanto reclamam!

Salvador Langa disse...

Ora aqui está uma mais correcta distribuição dos problemas da violência doméstica. Ou estou enganado?

Lili disse...

Muito bem. As mulheres fartaram-se de apanhar e agora são violentas, caso para se dizer que o feitiço virou contra o feiticeiro.

Lili

Xiluva/SARA disse...

Violentas????Pudera!!!!!Mas também dizer que há mulheres...mazinhas...

nachingweya disse...

Isto em tudo parece o fenómeno contra natura em que é o Homem que morde o cão. Que é notícia, é! Vezes mil então...

Nelson disse...

E os legisladores responsáveis pela Lei Contra Violência Doméstica parece que não contaram muito com essa de homens apanharem das mulheres!

Muna disse...

A vida é uma série de metamorfoses.

Uma confissão: eu gostaria de ler uma explicação de Xiluva sobre este fenómeno.

Zicomo

PS: No noticiário das 12h30 a RM - Antena Nacional deu conta do "sumiço" de 15 elementos da delegação etíope. O COJA e as polícias Moçambicanas estão em alerta máxima. Pensa-se que terão ido ao Centro de Maratane, em Nampula.

ricardo disse...

Eu nunca vi nenhum comentario feminino claroaqui e nem em parte alguma, mesmo daquelas que se dizem livres e emanicipadas, EM que se reconhecesse e condenasse o acto tresloucado de outra mulher se este fosse contra um homem. Contudo, se o mesmo fosse contra outra mulher, o prisma mudava instantaneamente. Sobre esta rede de homens lesados, vao os meus parabens pela sua criacao e desejo que se fortaleca cada vez mais. A bem da justica entre generos, o tempo JA NAO E de paternalismos. As sras. emanicipadas tornaram o mundo numa selva a pretexto de discriminacao e falta de oportunidades. Mas quando conquistaram as primeiras liberdades, perderam-se em arrogancias. Mostrando que o problema nunca foi sexual, mas sim o exercicio PODER em si mesmo. Ou seja, nao existe um PODER FEMININO...

E sobre a violencia domestica, dizer que ha muitas formas exeberantes e subtis de violencia feita pela Mulher. Por exemplo, envenenamento com raticida, alucinogeneos nas bebidas, vidro esmagado na comida, alfinetes com HIV no sofa, alem da violencia psicologica, onde a MULHER e de longe muito mais eficiente que o HOMEM a planificar os detalhes da ofensiva, com sordidez, cinismo e desfacatez de arrepiar um morto!

Portanto, e mais do que legitimo que o HOMEM comece a vigiar mais a sua retaguarda. Faz-me ate lembrar uma citacao de Pitigrilli. "O Homem quando apanhado em flagrante delito, engasga-se em justificacoes, algumas das quais pateticas. Ja a Mulher, quando apanhada na mesma situacao, simplesmente sorri!"

E mais nao digo.

Lili disse...

Caro Ricardo

Também parabenizo a organização masculina dos homens vítimas da vilência feminina, que aliás foi um tema bastante discutido na aprovação da lei contra violência doméstica; estamos a fazer o pleno uso do princípio da igualdade que já é muito bom.

Permita-me discordar com as formas de violência feita pela mulher,penso que todas as formas que o sr. se referiu são também praticadas pelos homens, seja, o ser humano independentemente do género.

Portanto nunca vi em lado algum estampado o tipo de violência cometido ou por homem ou pela mulher. Ambos são capazes de usar os mesmos métodos.

Anónimo disse...

"Muito bem. As mulheres fartaram-se de apanhar e agora são violentas, caso para se dizer que o feitiço virou contra o feiticeiro.". Prezada Lili, me parece muito problemática esta afirmação. Evidencias? E como se pudessemos dizer se os ovos existem porque um dia existiram galinhas ou se as galinhas existem porque um dia existiram ovos. Emídio

Lili disse...

Prezado Emídio

Pessoalmente não acho problemática a afirmação, se formes a analisar os casos de violência doméstica que foram reportados ao longo dos anos em vários órgãos de informação, o maior número de vítimas eram do sexo feminino e agora quando começa a aparecer número elevado de homens vítimas é caso para se dizer que o feitiço virou contra o feiticeiro.

Não vejo aqui a história do ovo e da galinha.

Lili

Anónimo disse...

Eu cá acho que a violência levada a cabo pelas mulheres é uma reacção à acção dos seus maridos; contudo, reprovo todo e qualquer tipo de violência (em especial a doméstica).

( "descartáveis" sentem-se ameaçados na sua masculinidade. Eh, eh, ehhh!)

AAS

Anónimo disse...

Prezada Lili. Permita-me voltar a colar o seu trecho: "Muito bem. As mulheres fartaram-se de apanhar e agora são violentas, caso para se dizer que o feitiço virou contra o feiticeiro.".Desculpe se percebi mal mas, a partir desse trecho que tirei da sua postagem entendi que a violência das mulheres contra os homens e resposta daquelas a uma violência iniciada por estes. Ha casos assim, claro que os ha do mesmo modo que os haverá de homens cuja violência e resposta a violência das mulheres, aspecto que me parece omisso na sua primeira intervenção. Quanto a questão dos números nem me tinha pronunciado sobre ela mas como a traz para aqui vamos a ela. Me parece complicado conseguir dados fiáveis sobre numero no caso de violência se a considerarmos em todos os seus formatos (psicológico e físico) o que daria espaço para um estudo sobre logicas de construção de números e sexos das vitimas de violência domestica. Emidio

Anónimo disse...

> Pois eu, com sinceridade, acho rídicula esta associação.

> Como Homens temos de ser capazes de encontrar soluções para as contrariedades que aparecem com mais ou menos gravidade em qualquer relacionamento.

> Temos que começar a olhar com realismo para o casamento, união de facto e outras, e -> pondo o RACIONAL acima do EMOCIONAL <- , estabelecer as regras do jogo antes de cada relação: na prática caminhar para o “acordo pré-nupcial; pré-união de facto, etc”!
____
Um pouco de mero humor:
Os nossos mais velhos não tinham estes problemas; para eles, “homem era homem, mulher era um gato!”

ricardo disse...

"...( "descartáveis" sentem-se ameaçados na sua masculinidade. Eh, eh, ehhh!)..."

Mas afinal, o Titanic nao se afundou em 1912?!

Ha fantasmas a pairar por aqui...

Anónimo disse...

"...Mas afinal, o Titanic nao se afundou em 1912?!" Pois foi mas, já antes, em 476 d.C. tinha o império romano (do ocidente) desmoronado.

Há fantasmas a pairar por aqui e outros, em forma de marcianos. É assim meu caro, primeiro, o grande império romano, depois o Titanic e hoje, os machos da cerveja "laurenta petinha" ou "laurentinha pretinha"!

AAS