4. O discurso publicitário urbano. Escrevi no número anterior que o discurso publicitário urbano é o veículo paradigmático e condensado da rede de fenómenos que sugeri aqui. Esse discurso actua como um liquefazedor, diluindo diferenças, fronteiras, códigos e barreiras. Vivemos na era da modernidade líquida, para dizer como Zygmunt Bauman. É a este nível que a publiciade cria necessidades novas, igualiza paixões e signos, forma colecções amorfas de indivíduos, ressexualiza e dessexualiza ao mesmo tempo. A coluna vertebral desta modernidade líquida é o espectáculo, a promoção do sensorialismo gerido por combinações fantásticas operadas no tempo, no espaço e na imagem.
Prossigo mais tarde.
(continua)
3 comentários:
Boa expresão essa da 'modernidade líquida'.
Publicidade líquida...
Diz bem, espectáculo, esse anúncio é espectáculo.
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