13 junho 2011

Sobre crise (18)

"Onde a diferença falta, é a violência que ameaça" (René Girard, A violência e o sagrado)
O décimo oitavo e penúltimo número desta série, escrevendo ainda sobre o sexto ponto do sumário que vos propus, a saber: três exemplos de imputação críseca em Moçambique.
Após ter abordado o partido Frelimo no primeiro exemplo e o  partido Renamo no segundo, termino agora algumas linhas sobre o partido MDM, terceiro exemplo.
Produto de uma cissiparidade política ao que parece em grande parte ocorrida na Renamo, o MDM aparece com uma jovem encarnação da crise total. Para fazer uso de alguns clichés de uso corrente: não é a Renamo um partido de crises? Não é a Renamo o exercício de uma ditadura, a de Dhlakama imigrado em  Nampula? Não é a Renamo um produto directivo Ndau? Claro que é, defendem os produtores analíticos de crises, por isso o MDM, filho da Renamo, só pode ser crise em estado puro, por isso Simango também é um ditador, por isso o MDM é apenas um produto regional-beirense, por isso vários intelectuais mediáticos deixaram o partido como já tinham deixado a Renamo.
Então, há olhos capazes de ver crise na Frelimo, na Renamo e no MDM.
Termino mais tarde.
(continua)

3 comentários:

Salvador Langa disse...

Já viram que a chamada crise do Movimento Democrático de Moçambique vem do que diz a grande star neste momento que é o Sr Mussá?

izumoussufo disse...

Mas porquê esse senhor não cria seu proprio partido em lugar de fazer confusão nos outros? Ou então vai bater na porta da Frelimo.

ricardo disse...

MUSSA = HIS MASTER VOICE SPEAKING...

Pena que o sr. Professor nao me permita dizer algumas coisas a respeito desse cavalheiro!