Uma hipótese: o comum de nós creio que não analisa o poder político, aceita-o como algo fisicamente natural, como um fenómeno tão natural quanto comer ou respirar. Quanto muito pode achar que há excesso ou pequenez de poder ou inscrevê-lo nas categorias de justo e injusto, de bom e mau, mas o poder em si, o puro poder político, esse não o recusa, consente nele, aceita-o quotidianamente, é sagrado. O protesto, quando o há, passivo ou activo, inofensivo ou violento, não é contra o poder político, mas contra a sua gestão.
Nesta nova série não é o poder político em si, digamos que em bruto, que me interessa, mas o poder enquanto representação. Prossigo mais tarde (imagem: el poder, quadro do pintor e ceramista argentino Raúl Pietranera).
Nesta nova série não é o poder político em si, digamos que em bruto, que me interessa, mas o poder enquanto representação. Prossigo mais tarde (imagem: el poder, quadro do pintor e ceramista argentino Raúl Pietranera).
(continua)
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Política e teatro...
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