13 abril 2011

Da cesta básica à cesta política (1)

O governo rectificou o tecto da cesta básica, fixando-o agora para rendimentos iguais ou inferiores a 2500 meticais (anteriormente eram 2000 meticais). No "Notícias" digital de hoje: "O programa da cesta básica abrange os residentes dos onze municípios cujos territórios coincidem com as capitais provinciais, devendo vigorar, experimentalmente, de Junho a Dezembro do ano em curso." (confira igualmente aqui e aqui). Recorde uma postagem minha aqui.
Estamos perante uma decisão que tem causado muito debate, que tem especialmente provocado muita crítica, muita relutância. O que é que tem causado crítica e relutância? A cesta, o problema económico, a justeza dos cálculos, os critérios usados.
Não tenho competência para proceder a uma análise económica da económica cesta em económica postagem. Mas talvez possa converter a cesta de cereais, pão, peixe de segunda, óleo alimentar, açucar e feijão em cesta política, cesta imediatamente política, cesta-magneto, cesta que remete para a composição orgânica da política. Procurarei explicar-me posteriormente.
(continua)

7 comentários:

Anónimo disse...

PROF.

Se todo o povo ;oçambicano pudesse le-lo, não sei o que seria deste país.
Muito ob teacher.
PS.
Emcionou-me o seu texto me desculpem a todos os leitores
Mário Lithuri

Salvador Langa disse...

Sempre de olho atento e criador Caro Professor.

V. Dias disse...

Aqui não há muito a dizer. O governo está a ser vítima da sua própria teimosia. Primeiro inventou os 7 milhões de meticais, agora vem com o papão de cesta básica que nem no comunismo isso funcionou. Quem deve estar a rir-se é Samora Machel, lá no céu. Ainda vamos assistir muita dança, marrabenta, nhaú, tudo. Resta saber se o povo estará disposto a dançar com os governantes.

Zicomo

Abdul Karim disse...

Concordo com o Viriato,

Nao muito a dizer, o Governo nao tem alternativas, e único modelo de gestão que o actual topo do governo tem como exemplo e referencia, 'e o modelo comunista aplicado nos primeiros anos pós independência, ainda que com todas as contradições entre as assumidas e existentes,

Achei ate um pouco "humilde" da parte do Governo, a rectificação do valor mínimo de 2.000.00 para 2.500.00 dos salários dos que vao beneficiar da cesta,

Isso demonstra algum aproveitamento da critica, por parte do Governo, o que nao deixa de ser BOM, acho 'e a primeira vez que este Governo considera a critica,

Considerar a critica 'e muito positivo, embora precise de continuar a "abertura" já iniciada de forma tímida, e começar a trabalhar com maior incidência na inclusão.

Em relação ao próprio subsidio, por falta de alternativas, modelo de gestão político, social e económico do pais, 'e compreensível e acredito que os resultados vao falar por si,

Quer eles ( os resultados ) sejam positivos, negativos ou desastrosos,

Unknown disse...

Esses nossos dirigentes estao descontrolados

Anónimo disse...

"Casa onde não há pão, todos ralham; ninguém tem razão".

Num país onde não há subsídio de desemprego, obrigando a complexos expedientes para a sobrevivência ... inventa-se a "cesta básica", que mais não é que garantir o preço fixo para um conjunto de produtos (suportando o Tesouro a diferença para o preço real) direcionado para segmentos da população sub-empregada, curiosamente, nos Municípios onde a "composição orgânica da política" mencionada pelo Prof., é tendencialmente mais efervescente.

Estamos potencialmente perante um "vulcão" com forte probabilidade de entrar em actividade sismica de escala elevada, com fortes réplicas país fora.

ricardo disse...

Discutindo migalhas...