Décimo quarto número da série. Sempre trabalhando com hipóteses, permaneço no quarto e último ponto do sumário proposto aqui, a saber: A guerrilha cibernética e midiática. Escrevi no número anterior que a principal função do ciberguerrilheiro consiste em criar a imagem do caos social, forjando situações nuns casos, ampliando-as noutros, com a atribuição sistemática ao Estado da responsabilidade pelo que se passa, nomeadamente no campo militar. No que concerne ao campo militar, o ciberguerrilheiro esforça-se em mostrar que a Renamo está a dizimar o exército governamental e que quase todos os dias morrem dezenas de soldados e muitos outros ficam feridos. Esforça-se, igualmente, em legitimar os ataques levados a cabo pela guerrilha do exército privado da Renamo, considerados como sendo de "defesa do povo". Certos blogues do tipo copia/cola/mexerica, certas páginas do Facebook, certos jornais digitais e, aqui e acolá, certas agências noticiosas, servem de altifalantes à ciberguerrilha daquele partido militarizado.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
Nao é nada saudável para a jovem democracia moçambicana continuar a ter uma oposição desdentada.
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