Tenho, por hipótese, que as sociedades são como que pessoas em ponto grande, são exercícios diários de um duplo constrangimento. Por um lado são a prática de hábitos, de normas de comportamento (aí incluídos os prejuízos) interiorizadas e sedimentadas nos processos de socialização por que se passa ao longo da vida (família, escola, grupos de pertença, de referência, etc.); por outro, são a desconstrução (ou a sua pretensão) das diferentes sedimentações, são a busca da inovação, do desvio, da marginalidade, são o questionamento das coisas imutáveis.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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