Sempre que lutou contra um Estado ou um Império no nosso país, o colonizador pôde tirar partido da cooptação de múltiplos actores, ambições e ressentimentos - muitas vezes de natureza etno-política - jamais anulados pela força militar e administrativa da facção aristocrática dirigente. Por exemplo, a colaboração entre facções descontentes da aristocracia local e o comando militar-administrativo português surgiu, em toda a sua nudez, no caso particular de Gaza. Mais do que as espingardas e os canhões, a secessão foi, na realidade, a principal arma colonial.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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