Multiplicamo-nos hoje por montes de brinquedos mágicos, dos celulares às tabletes. Quanto mais mexemos neles e quanto mais os oferecemos - tenhamos em conta as festas multicolores das ofertas natalícias -, menos espaço resta para as relações efectivamente humanas. E depois, sem memória, frágeis, reinventamos a psicologia e a psiquiatria para que encontrem soluções para problemas que são, afinal, bem mais do que individuais, pois são sistémicos e dizem respeito a um modo de produção e de reprodução da vida que coisifica e descerebraliza, em coexistência cada vez mais íntima com um Big Brother globalizado que se agiganta.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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