Um pouco mais da série. Acho necessário regressar à paisagens das resistências. Escrevi no número 85 que havia uma permanente contestação do Estado colonial, mas que as lutas eram, invariavelmente, do tipo imediato, sem qualquer concepção de futuro, sem qualquer estratégia alargada, sem uma perspectiva táctica de alianças. Por isso, essas resistências jamais puseram em causa o sistema colonial. Elas perturbavam-lhe muitas vezes as periferias, mas deixavam incólume o centro decisório. Por outras palavras, permitiam, afinal, que o sistema continuasse a reproduzir-se. Quer dizer: uma verdadeira contestação do Estado colonial devia seguir outros caminhos fazendo frente ao seu centro decisório. Prossigo mais tarde.
(continua)
3 comentários:
Ve-se logo, luta armada...
Sem dúvida.
Antes da luta armada era tudo tipo 1 e 2 de Setembro?
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