04 julho 2012

Liga dos Estudantes Comunistas de Moçambique (26)

Vigésimo sexto número da série, prosseguindo na décima quarta questão:
Carlos Serra: Que tipo de acção política defendeis?
Régio Conrado: (continuidade da resposta anterior, CS) Estamos de outra forma a dizer que queremos por via de palestras, estudos, debates e apoio de movimentos que lutam pelas mesmas causas, desenvolver a nossa acção política, pois no fundo o que nós queremos é que se desenvolva a consciência de classe dentro da sociedade moçambicana, particularmente das classes oprimidas, empobrecidas, daquelas classes e grupos que sentem a fúria da fome, da miséria e do analfabetismo crónico (continuidade da resposta no próximo número, CS).
(continua)

7 comentários:

ricardo disse...

Voces aceitariam ser chamados de "sociedade civil"? Ou "vanguarda genuina da nacao"?

Salvador Langa disse...

Num momento em que há quem faça passar a ideia de que somos iguais, falar em classes oprimidas torna-se novidade e dá origem a dores de cabeça em certos "democratas ricardinos".

ricardo disse...

E uma vez mais, os reflexos condicionados do toca-fitas bolchevique...

Regio Conrado disse...

Nos não queremos entrar nos "genuinismos" e nem queremos nos denominar sociedade civil mas simplesmente um movimento social que quer trazer uma nova visao de olhar para a realidade em todas as dimensoes da condicao humana. Neste sentido, primamos por dizer que o nosso posicionamento ultrapassa a sociedade civil porque tambem queremos mudancas estruturais que nao simples reformas ou integracionismos. Moçambique e um pais de todos e para todos, moçambique e um pais multicolor, multreligioso, multietnico, e realmente um lugar em o genuinismo nao tem espaço. Afinal quem e genuíno? Hoje, em Moçambique e corriqueiro falar-sede igualdade porque não existe e não me parece que com a ganancia dos capturam o estado e pela lógica de desenvolvimento escolhido seja possível ultrapassar essa situação.

ricardo disse...

Quem e genuino?

Eis a resposta do seu Governo: "...Governo defende nova Lei da Nacionalidade para enfrentar fluxo de imigrantes

O Ministério da Justiça de Moçambique defendeu hoje (quarta-feira) a necessidade de uma nova Lei da Nacionalidade, para estancar a "permeabilidade" da actual norma sobre a matéria, face ao numeroso fluxo de imigrantes que o país está a registar.

A possibilidade de Moçambique passar a ter uma nova Lei da Nacionalidade foi debatida no VIII Conselho Coordenador do Ministério da Justiça, que se realiza na cidade de Inhambane, sul de Moçambique.

Segundo o porta-voz do encontro, Pedro Nhatitima, a atual Lei da Nacionalidade não é suficientemente rigorosa para impedir que estrangeiros sem requisitos adquiram a nacionalidade moçambicana, uma vez que tem lacunas.

"Uma das soluções passa por regulamentar através de uma nova lei a abordagem constitucional sobre a questão da nacionalidade. Criámos um grupo de trabalho, com base em termos de referência, que vai propor, nos próximos dois a três meses, soluções relativamente a esta problemática", afirmou Pedro Nhatitima.

Segundo o porta-voz do VIII Conselho Coordenador do Ministério da Justiça moçambicano, o Governo está preocupado com o facto de muitos naturais de Moçambique readquirirem a nacionalidade moçambicana com base na certidão narrativa completa, depois de a terem perdido por terem adquirido uma outra nacionalidade.

Muitos cidadãos portugueses nascidos em Moçambique antes da independência estão a adquirir a nacionalidade moçambicana, aproveitando-se do facto de a perda ou renúncia da nacionalidade moçambicana não ter sido averbada nos seus assentos de nascimento.

(fonte: Angola Press)..."

Quem tem medo de quem em Mocambique?

nachingweya disse...

Pode ser que haja medos mas acho que a questão de fundo são as regras de convivência global. Cá, lá em em todo o globo. Se a lei da nacionalidade se mostra permissiva isso quer dizer que a soberania da Nação está em risco. E uma soberania em risco resgata-se por todos os meios possíveis. A necessidade de revisão da lei convém a todos ...para que no futuro não venham acontecer mal entendidos evitáveis.
As pessoas comentam, não sei se é verdade, que já há chineses a viverem há menos de 3 anos em Moçambique com BI nacional e adopção de apelidos do tipo Sitoe, Tamele. Para não falar dos naturais de Chidenguele nascidos nos Grandes Lagos aos quais bastou declarar com duas testemunhas famintamente idóneas que perderam os documentos nas cheias do ano 2000 que afectaram os arquivos do Registo em Xai Xai.
A própria base de dados já parece uma confusão sobre a qual o estado já não tem mão.

Com a taxa de crescimento da população por permissividade das fronteiras e da lei da nacionalidade é de se crer que no censo 2017 sejamos 35 Milhões. Em genuino caleidoscópio.

ricardo disse...

"...As pessoas comentam, não sei se é verdade, que já há chineses a viverem há menos de 3 anos em "...Moçambique com BI nacional e adopção de apelidos do tipo Sitoe, Tamele. Para não falar dos naturais de Chidenguele nascidos nos Grandes Lagos aos quais bastou declarar com duas testemunhas famintamente idóneas que perderam os documentos nas cheias do ano 2000 que afectaram os arquivos do Registo em Xai Xai..."

Este e que e o motivo lesa-patria? Pois entao, sr. Nachingweya, responda-me?

1- Como pode um chines ser Tamele se o sistema de BI biometrico ja esta espalhado do Rovuma ao Maputo?

2- Como se explica que o Kuwait e Emirados Arabes Unidos (Dubai e cia) tenham perto de 80% de populacao estrangeira no seu solo e nunca tenham deixado de ser seculares, arabes e muculmanos?

3- Nao sera o velho espirito "funcionario publico de terceira" que deseja ser elite empresarial, por procuracao, a imperar nestas decisoes dos nossos "soberanos" politicos?

Confundir e dividir para reinar, isso sim, e o projecto politico desta governacao!