Sexto número da série. Escrevi no número anterior que o modo de produção que nos molda leva-nos à convicção de sermos indivíduos capazes de fazer e de mudar não importa o quê, à convicção de que tudo se resume ao indivíduo em si. Então, a primeira tarefa consiste em desconstruir essa maneira de pensar, confortante mas idealista. Essa maneira de pensar escamoteia o que chamo peso da história. Como escreveu um dia Marx, "as pessoas fazem a sua própria história, mas não a fazem arbitrariamente, nas condições por eles escolhidas, mas nas condições directamente dadas e herdadas do passado. No cérebro dos vivos pesa com força a tradição de todas as gerações mortas". O que quer isso dizer? Prossigo mais tarde (imagem reproduzida daqui).
(continua)
Sugestão: recorde a minha série em sete números intitulada Onde moram os pobres?, aqui.
1 comentário:
Ora aqui está algo para fazer pensar.
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