Segundo número da série.
Antes de vos propor uma definição de pasteurização social, permitam-me avançar a seguinte hipótese: no dia-a-dia o que regra geral fazemos (mesmo ao nível dos grupos com formação académica) não é analisar, exprimir ideias gerais, mas, antes, distribuir rótulos simples, desenrolar identidades menos ao nível do nós/eles do que do eu/tu, dar corpo a pormenores, aos elementos sensoriais e pessoais. Adoramos as generalizações primárias, as meias-verdades, os preconceitos, o tom fortemente epigramático.
Antes de vos propor uma definição de pasteurização social, permitam-me avançar a seguinte hipótese: no dia-a-dia o que regra geral fazemos (mesmo ao nível dos grupos com formação académica) não é analisar, exprimir ideias gerais, mas, antes, distribuir rótulos simples, desenrolar identidades menos ao nível do nós/eles do que do eu/tu, dar corpo a pormenores, aos elementos sensoriais e pessoais. Adoramos as generalizações primárias, as meias-verdades, os preconceitos, o tom fortemente epigramático.
(continua)
2 comentários:
Boa introdução.
Esconder realidades com palavras é um bom exemplo de pasteurização política e estou certo de que o Professor falará nisso...
Enviar um comentário