"Todas as relações fixas e enferrujadas, com o seu cortejo de vetustas representações e intuições, são dissolvidas, todas as recém-formadas envelhecem antes de poderem ossificar-se. Tudo o que era das ordens sociais e estável se volatiliza, tudo o que era sagrado é dessagrado, e os homens são por fim obrigados a encarar com olhos prosaicos a sua posição na vida, as suas ligações recíprocas."
O término da série.
Escrevi no número anterior que não ter em conta o sóciometabolismo (para usar um termo de István Mészáros) das relações de produção e distribuição das cidades era não compreender ao mesmo tempo a unidade e a diversidade das manifestações mundiais de protesto e aspiração a novos tipos de vida.
Efectivamente, o que me parece estar a passar-me no mundo, nas praças e nas avenidas do mundo, de Tunis a Nova York, é a aspiração a um novo padrão de vida, é a ânsia de liberdade, solidariedade, segurança e emprego. Estamos numa fase de transição, numa fase crisálida, na qual o o velho se desagrega sem que o novo esteja visível. A cargo de diversos tipos de cidadãos, numa história grávida de ansiedade, o futuro está a ser inventado dia após dia.
(fim)
2 comentários:
"O futuro está a ser inventado dia após dia" --- Boa.
http://indignados.jornada.com.mx/recientes/proponen-a-banqueros-una-campana-para-desprestigiar-a-ocupa-wall-street
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