De um trabalho com o título em epígrafe: "(...) os intelectuais foram deglutidos também pelo seu aprisionamento nas instituições universitárias, onde são docilizados e permanecem envoltos à carreira. Esses intelectuais perderam a aura que tinham, com a proletarização da universidade. Como proletários do conhecimento, o horizonte ofertado é o de inserir-se em algum grupo de estudo que faça pesquisa para o poder público ou para as empresas. Quanto mais útil o conhecimento produzido for para as empresas ou para o Estado, maiores serão as verbas recebidas. Tais grupos de estudo são verdadeiras encubadoras de gestores. O aluno começa hoje pesquisando violência na cidade tal e amanhã estará dando palestra para a polícia, assessorando prefeitura e, se for bem sucedido, pode tornar-se secretário, presidente de um conselho de segurança ou dono de ONG. Feminismo, educação, ambiente e vários temas permitem o mesmo percurso." Aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
3 comentários:
Na mouche!...
Intelectuais por emprego. Mas em todo mundo parece ser assim. Vide por exemplo, o que se passa em Portugal.
Somente os reformados e que sao verdadeiramente intelectuais...
Para quê dizer mais?
Olhem só>
"O aluno começa hoje pesquisando violência na cidade tal e amanhã estará dando palestra para a polícia, assessorando prefeitura e, se for bem sucedido, pode tornar-se secretário, presidente de um conselho de segurança ou dono de ONG."
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