08 julho 2011

Panglossismo (1)

No romance "Cândido ou o optismo" de Voltaire, chama-se Pangloss o preceptor de Cândido, um homem absolutamente cheio de uma profunda sabedoria naturalista e funcionalista, para quem tudo sempre estava bem. "Está demonstrado - dizia ele - que as coisas não podem ser de outro modo; porque sendo tudo feito para um fim, tudo é necessarimente feito para um fim melhor. Reparem bem que os narizes foram feitos para aguentar os óculos, e por isso usamos óculos; as pernas são visivelmente constituídas para andarem de calças e por isso usamos calças. (...) e como os porcos nasceram para ser comidos, comemos carne de porco todo o ano; por consequência, todos quantos têm afirmado que tudo está bem têm dito asneiras; o que se deve dizer é que tudo está o melhor possível."
(continua)

2 comentários:

Salvador Langa disse...

Vamos lá ver o que vai sair daqui. Fico a saber do romance. Acho que temos muitos panglosses.

Xiluva/SARA disse...

A tal onda....ehehehehehe!!! Boa!!!!!!!!!!!!!!!!