17 julho 2011

"À hora do fecho"/"Savana"/15-07-2011

Na última página do semanário "Savana" existe sempre uma coluna de saudável ironia que se chama "À hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Deliciem-se com "A hora do fecho" desta semana, da qual ofereço, desde já, um aperitivo:

4 comentários:

Salvador Langa disse...

Combatentes da luta contra a pobreza, não param de lutar.

Muna disse...

Hoje posso falar à vontade. É domingo.

Em cada cinco anos temos novos deputados, novas casas a eles atribuídos, novas viaturas, novas benesses e até novos casamentos.

Os nossos deputados estão "amputados" de horizontes (também há excepções).

Mas há quem diga que, quem convive com podres, apodrece. Será verdade? Temos agitação quando falta regalias, mas quando lhes são dados uma vida de lordes, tornando-se em pequenos “Gungunhanas”, calam-se para sempre.

A ‘darfurização’ do aparelho de Estado chegou aos extremos e atingiu à medula. Que fazer? "Chamuales"? É a vida.

Estes dias ando a ler "loucamente" Marcolino Moco, político e jurista angolano, e este num dos trechos disparou o seguinte contra o regime dos Santos (cujo sistema não difere muito do nosso):

“Leia-se a História e a conclusão será essa. Os reis de França foram decapitados numa revolução sangrenta, porque nunca quiseram dividir nada com a arraia-miúda. Decapitados também foram os seus intransigentes algozes, instituidores de uma deusa dita Razão. A realeza britânica prevalece até hoje, porque foi cedendo aos clamores dos mais fracos: da Magna Carta ao Bill of Rights.

Grande Moco a quem aproveito para mandar um reconhecido abraço (sei que também ele vê este globue).

Zicomo

Anónimo disse...

> Mais de 300 milhões de Meticais = cerca de 10 Milhões de USD

> Quantas escolas, postos de saúde, furos de água ... com um pouco mais de racionalização na atribuição de viaturas?

> Com este jorrar de benesses, como não hão-de os Deputados, mesmo quando desligados dos partidos que os candidataram, MANTER-SE, com unhas e dentes, agarrados à fonte.

nachingweya disse...

Não sei se já acabou a revisão da lei eleitoral.
Se não, proponho que o nível de abstenção nas eleições seja reflectido em nº de assentos vagos na assembleia e tenha expressão na contagem de votos. Explico-me: Se estamos recenseados 100 eleitores válidos e concorrem para 50 lugares da assembleia os partidos A, B e C obtendo cada 40%, 20% e 10% isso quer dizer que houve 30% de abstenção, i.e., que 30 dos 100 eleitores não foram tocados pela mensagem de nenhum do conorrentes ou não concorda com os seus programas. Neste caso a assembleia deveria reflectir 30% de lugares vagos ou seja, menos 15 deputados representando aquela tranche de eleitores que decidiu não ser representada pelos ideais daqueles 3 partidos. Porque fazem parte do povo a sua vontade deveria reflectir-se como sendo abstenção em todos actos de votação na assembleia.
Neste hipotético parlamento já estariamos a poupar 15 carros 4x4 @ 250 000,00 Mt que daria para uma EPC de 6 salas equipadas, bloco administrativo e casa para o Director!
Quanto poupariamos em carros e em e que mais se aplicassemos este princípio aritmético na nossa AR? Qual é o nosso nível de abstenção?