20 junho 2011

Uma crise merecedora de estudo

Prosseguem as análises da chamada crise financeira mundial, crise que é, afinal, a da totalidade do sistema capitalista, do neoliberalismo e do fundamentalismo do mercado. Mas de par vai um outro fenómeno que, creio, não tem merecido a mesma atenção: trata-se da crise da gestão do Estado e dos partidos políticos na estrutura clássica. Um pouco por todo o mundo saltam fusíveis populares a esse respeito, fusíveis que alguns têm procurado associar aos preços dos produtos alimentares ou à mera precariedade social, mas que, em meu entender, são bem mais do que isso, são fusíveis associados ao questionamento das formas convencionais de direcção política. Creio estarmos confrontados com os primeiros sinais de que o futuro poderá ser preenchido por formas cooperativas e autónomas de autogestão da chamada sociedade civil e pelo declínio dos partidos políticos e dos clássicos Estados centralizadores.

2 comentários:

ricardo disse...

E quem sabe ate, o regresso dos socialistas utopicos da Comuna de Paris...

Porque Kibbutzins ja os ha, ate demais, na desgracada terra Palestina.

Salvador Langa disse...

Estamos habituados a pensar pelos olhos dos partidos e por isso custa mudar.