04 junho 2011

Sobre ritos de iniciação feminina à maturidade em Moçambique (3)

O terceiro número desta série.
O primeiro ponto do sumário que vos propus chama-se Natureza e sexo: hegelização dos Africanos.
Os Africanos não têm história, são apenas natureza, puro arbítrio natural - eis algumas das linhas mestras do pensamento de Hegel que fui mostrando numa longa série ainda não terminada.
A coluna vertebral do trabalho apresentado pelo El Mundo e reproduzido pela Rádio Moçambique mora nessas linhas mestras, como mostrarei mais tarde.
(continua)

7 comentários:

Salvador Langa disse...

No comentário anterior o Katawala disse tudo.

ricardo disse...

A unica coisa notavel que resulta da Hegelizacao e o florescimento de figuras como Fode Diawara e suas teorias ingenuas que ate despertam algum interesse nos cafes parisienses.

O esvaziamento cultural africano e o humus ideal para a procriacao de uma nova especie de intelectuais africanos. Treinados nas melhores universidades do primeiro mundo, enxertados na globalizacao e internet cafe. E porque nao dizer, aculturados, confundidos e de mao sempre estendida para o seu amo e criador.

Em suma, a Geracao da Inutilidade...

ricardo disse...

"A África que o mundo necessita é um continente capaz de ficar de pé, de andar em seus próprios pés. É uma África consciente do seu próprio passado e capaz de continuar reinvestindo este passado em seu presente e futuro." - Joseph Ki-Zerbo

Arild Drivdal disse...

Find UNICEF Mozambique on Facebook:
On Thursday, the Spanish newspaper El Mundo published an article on sexual initiation rites in Mozambique, which quoted UNICEF extensively. The article was recycled through several outlets, including Radio Mozambique. In the view of the sociologist Carlos Serra, such rites need to be analyzed in a more nuanced manner (http://oficinadesociologia.blogspot.com/). Is this a case of cultural relativism? What do you think?

Carlos Serra disse...

http://pt-br.facebook.com/unicef.mozambique
Obrigado pela referência, aguarde (m) a continuidade da série.

Alejandro disse...

Caro Professor,

Recebi o artigo por e-mail e senti-me profundamente zangado pelo conteúdo. Sou espanhol, vivi em Moçambique quase três ano e realmente acho vergonhoso o conteúdo da notícia. Este tipo de opiniões sem fundamento antropológico acaba por fortalecer a imagem que o senhor salienta do africano como ser sem história e quase "selvagem", termo da época colonial, mas ainda vigente em parte no imaginário europeu.

Nestes dias ando com a ideia de mandar uma carta ao director do jornal para mostrar a minha indignação. Um tema tão complexo merece uma análise profunda, e pelo menos a opinião de algum especialista moçambicano sobre a questão...

Muito obrigado pelo blog, nem imagina o quanto aprendi e aprendo sobre vosso país. Cumprimentos.

Alejandro Pérez.

Reflectindo disse...

Eu não havia dado atencão ao artigo. Estou muito indignado com o artigo que de facto nada mais quer mostrar que nós africanos somos selvagens e sem cultura.

Alunas desistem da escola devido aos ritos de iniciacão?

Educacão sexual se não dá nas escolas espanholas, dá-se em outras escolas europeias.