Vamos lá avançar um pouco nesta nova série.
O que, creio, se pode avançar de certo é que no quarto 2806 do luxuoso Hotel Sifitel em Nova York algo aconteceu de importante (quão complexa é esta palavra!) entre o ex-director francês do Fundo Monetário Internacional (entretanto libertado condicionalmente após pagamento de uma fiança de um milhão de dólares e de uma caução de cinco milhões) e uma empregada de quarto africana supostamente guineense. Essa coisa chama-se sexo.
Sabem os leitores quão múltiplas são as veredas que o caso tem assumido, especialmente a via conspiratória e suas não menos múltiplas facetas.
O que quero aqui tratar diz respeito a uma coisa do dia-a-dia, uma coisa percepcional velha de séculos, um dicotomia do tipo branco/preto, tão mais forte quanto é tingida de sexo: o suposto limpo de uma das pessoas mais importantes do planeta (havida como vítima de uma tenebrosa conspiração) e o suposto sujo de uma camareira, considerada parte da conspiração, dada, até, como vivendo num prédio para doentes de HIV-Sida.
Ele homem branco rico, ela mulher negra pobre.
Tudo isso nascido e ampliado a partir de um quarto com anunciada diária de três mil dólares.
O que, creio, se pode avançar de certo é que no quarto 2806 do luxuoso Hotel Sifitel em Nova York algo aconteceu de importante (quão complexa é esta palavra!) entre o ex-director francês do Fundo Monetário Internacional (entretanto libertado condicionalmente após pagamento de uma fiança de um milhão de dólares e de uma caução de cinco milhões) e uma empregada de quarto africana supostamente guineense. Essa coisa chama-se sexo.
Sabem os leitores quão múltiplas são as veredas que o caso tem assumido, especialmente a via conspiratória e suas não menos múltiplas facetas.
O que quero aqui tratar diz respeito a uma coisa do dia-a-dia, uma coisa percepcional velha de séculos, um dicotomia do tipo branco/preto, tão mais forte quanto é tingida de sexo: o suposto limpo de uma das pessoas mais importantes do planeta (havida como vítima de uma tenebrosa conspiração) e o suposto sujo de uma camareira, considerada parte da conspiração, dada, até, como vivendo num prédio para doentes de HIV-Sida.
Ele homem branco rico, ela mulher negra pobre.
Tudo isso nascido e ampliado a partir de um quarto com anunciada diária de três mil dólares.
(continua)
3 comentários:
O limpo e o sujo => O naive e a rameira => O credivel e o questionavel...Transitivamente de acordo.
Isso mesmo Caro Professor, o preto sujou o branco em linguagem metafórica.
Professor, o DSK é um homem verdadeiramente rico, famoso, um politico habil, um economista importante e poderoso, que transformou o FMI. É um judeu,ou descendente e é francês, vivendo nos EUA. Tem dinheiro dele e da sua esposa. Alias foi a esposa que pagou a sua fiança e deu as garantias de 5 milhoes de dolares exigidas pela justiça americana e esta a pagar a casa onde vive e a segurança que ele é obrigado a ter para nao fugir. Acho que isso que imprensa internacional fala sobre o quarto em que estava de 3000 Euros é so palha (que roça à inveja do pobre) para tentar denegrir a imagem do homem. O que interessa neste caso sao os factos: Ele de facto agrediu a Sra ou não? O resto é conversa. E pelos visto, pela forma como se conta a coisa, para mim esta cada vez menos clara para o lado da Sra (nao me parece aqui que tenha a ver com a cor dela ou outras origens dela que afinal também é muçulmana, mas com os propositos que ela eventualmente possa estar a servir e a ser usada para realizar - teoria conspiratoria). Nao entrendo como num hotel daquele calibre ela entra num quarto SOZINHA para fazer a limpeza de tamanho quarto e ainda por cima quando o homem esta la dentro. Depois o acusa de a haver fechado na casa de banho de a haver violado etc, etc... Para mim essa historia esta muito mal contada. Um Sr daquela idade, contra uma jovem de 32 anos. Será mesmo que ele conseguiria? De resto ainda nao vimos a acusadora e nem sabemos dela.
Oxala se apurem os verdadeiros factos e se ele de facto a violou que CUMPRA COMPLETA a pena que lhe cabe. Caso contrario... Nao sei como se lhe poderá ressarcir de tudo o que já se lhe acusou e linchou em praça publica... Mas acho que matar a imagem de um homem para alimentar a nossa pequenez humana... acho isso indecente. Porque nas penas dos sistemas de justiça daqueles paises nao cabe a humilhação pela que lhe estao fazendo passar. Mas... melhores opinioes haverá
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