De um texto com data de 2005 que circula na net e é atribuído a Frei Betto: "Hoje, o capitalismo é vitorioso para as nações da União Européia e da América do Norte (excluindo o México). No resto do mundo, deixa um lastro de miséria e pobreza, conflitos e mortes, salvando-se as elites que, em seus respectivos países, gerenciam os negócios segundo o velho receituário colonial, agora prescrito pelo FMI: tudo para o benefício da metrópole. Em plena globocolonização, o capitalismo é também vitorioso em corações e mentes. (...) a tendência do espírito capitalista é aguçar o nosso egoísmo; dilatar nossas ambições de consumo; ativar nossas energias narcísicas; tornar-nos competitivos e sedentos de lucro. (...) Moldar esse estranho ser que aceita, sem dor, a desigualdade social (...)".
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
Sobre a Crise Financeira Internacional
Será que alguém já parou para reflectir se as nossas economias (países pobres) andam debilitadas por causa da crise mundial (como se tenta insinuar nas aparições públicas) ou a crise mundial é produto das nossas débeis economias (quem as debilitam?). Haverá alguma relação entre os mercados especulativos (com o seu núcleo em wall street) e as expectativas de retorno do investimento feito indirectamente na periferia (sob forma de ajuda externa) pelos jogadores das bolsas de valor? Reflexão difícil, contudo o sucesso no estabelecimento dessa relação ditará de forma decisiva os caminhos para sairmos deste ciclo vicioso.
Tenho para mim que a primeira das suas perguntas é exemplar, simplesmente exemplar.
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