Mais um pouco da série, dedicada a mostrar como, através das ideias de Hegel no seu livro oitocentista A razão na história, operou e continua a operar um certo tipo de produção ideologizada sobre África, encaixando os Africanos num molde comportamental generalizado, rígido, imutável e absolutamente desqualificante.
Entre os muitos exemplos do neo-hegelianismo africanizado, permito-me citar o do maliano Fodé Diawara que, anos 70 do século passado, escreveu um livro muito interessante com o título "Manifesto do homem primitivo", no qual tentou provar que a "raça branca" (por ele situada no "estado protozoário da espécie humana") tinha enveredado pela construção de uma civilização material, com prédios, para compensar o seu permanente nervosismo, a sua solidão e a sua insatisfação sexual, enquanto a "raça negra", raça avançada, se desenvolvera harmoniosamente, feliz em seus impulsos naturais, em suas danças, em sua actividade puramente muscular, em sua liberdade anímica e sexual. Isto, claro, até ao dia em que, asseverou Diawara, os colonizadores chegaram e estragaram tudo com os seus vícios.
Prossigo mais tarde.
Entre os muitos exemplos do neo-hegelianismo africanizado, permito-me citar o do maliano Fodé Diawara que, anos 70 do século passado, escreveu um livro muito interessante com o título "Manifesto do homem primitivo", no qual tentou provar que a "raça branca" (por ele situada no "estado protozoário da espécie humana") tinha enveredado pela construção de uma civilização material, com prédios, para compensar o seu permanente nervosismo, a sua solidão e a sua insatisfação sexual, enquanto a "raça negra", raça avançada, se desenvolvera harmoniosamente, feliz em seus impulsos naturais, em suas danças, em sua actividade puramente muscular, em sua liberdade anímica e sexual. Isto, claro, até ao dia em que, asseverou Diawara, os colonizadores chegaram e estragaram tudo com os seus vícios.
Prossigo mais tarde.
(continua)
2 comentários:
Complexo de inferioridade sem cura.
Pensamento concentrado no Musculo...Infelizmente, o nosso intelecto nao se desenvolve nem com halteres, nem com esteroides anabolizantes. So o trabalho, preserveranca e sobretudo...a escassez de bens materiais.Se ha coisa em que devemos concordar e com o mote: "a escassez promove o engenho".
E isso, justamente isso, e coisa que os Europeus sabem muito bem interpretar, pois vivem num continente pobre e superlotado. Enquanto os africanos, o que sabem e reclamar do engenho europeu em mostrar-lhes como se aproveitam as suas imensas riquezas. Se ao menos fossemos um pouco parecidos com os asiaticos ate nao estariamos mal.
Porque a maior conquista da Europa em Africa nao foram as colonias, mas sim os proprios colonizados. E sobretudo, pelo continuo que e constatar que os africanos mais esclarecidos sao em exclusivo produto da mesma linha de montagem do pensamento formatado europeizante. E como toda a linha de montagem, ha pecas boas e outras com defeitos.
Milhares de exemplos. Os Kadhaffi. Os Gbagbo. Os Mbeki. Os Houphouet-Boigny. Os Bokassa. Os Idi Amin. Os Mubarak. Lumumba. Mobutu. A lista e interminavel...Tudo africanos de fina retorica e paladinos de um africanismo estonteante. Mas qual e a verdadeira historia? Todos regressam periodicamente a linha de montagem para morrer ou serem reciclados. Onde esta a raiz deste desapego? Nao sua propria consciencia.
Podiamos ficar a vida inteira a falar deste assunto.
Tomara que este autor ainda esteja vivo para lancar um manifesto do Africano Neocolonizado...
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