Permitam-me dizer que o bater de asas de uma contestatária rua tunisina repercute logo no mundo árabe. Na Globo, numa notícia já com alguns dias: : "Cerca de mil estudantes iemenitas foram às ruas de Sanaa neste domingo (16) para pedir aos povos árabes que se levantem contra seus dirigentes, como já fizeram os tunisianos."
Adenda: tenho procurado seguir o que se passa na Tunísia e um pouco no mundo árabe em geral. Recorde a minha última postagem aqui.
3 comentários:
Parece que a esperança contagia.
O destino dos homens é a liberdade (Vinícius de Moraes)
É bom voltar a ver uma revolução democrática. E ainda é melhor quando ela acontece num país árabe e muçulmano. Passámos anos a ouvir dizer, e a ler, que a democracia “ocidental” não se “exporta”, e que não se aplica a “outras culturas e religiões”.
Os jovens, as classes médias, os velhos, mulheres e homens, tunisinos deram a resposta. Somos árabes, muçulmanos, não estamos na Europa, mas também queremos liberdade, democracia, o direito à nossa opinião e um governo que não pense apenas em enriquecer os que estão no poder, mas que se preocupe com o bem estar e a prosperidade de todos. E a revolução na Tunísia não foi planeada, nem tem líderes. Foi espontânea e popular. Os tunisinos não aguentaram mais e cansaram-se da opressão e da ditadura.
A experiência da Tunísia mostra que não há regimes permanentes, e que o povo tem muito mais poder do que julga e as ditaduras são bem mais vulneráveis do que parecem. Quando vejo as imagens da revolução, há um ponto que é claro: o desejo de viver em liberdade não tem fronteiras culturais nem religiosas.
João Almeida
Enviar um comentário