Mais um pouco da série.
Então, a nossa concepção familiar de violência é aquela que se exerce ou que se concretiza pela violência violenta: um tiro, uma agressão, uma ira sem fronteiras, uma manifestação popular do tipo das de 5 de Fevereiro de 2008 e de 1/3 de Setembro deste ano.
Isso significa que temos da violência, por um lado, uma concepção imediata, instantânea, quer dizer uma concepção não processual, daquela processualidade que, agindo por acumulação progressiva de causas e de contextos, explode um dia; por outro lado, temos uma concepção de ruído, de explosão, de visibilidade, a qual escamoteia as condições violentas que dão um dia origem a uma violência que parece não radicar nessas condições.
(continua)
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