O sismo popular (expressão que cunhei em 2008 para descrever e analisar a revolta de 5 de Fevereiro desse ano) de 1/3 de Setembro está a ser acompanhado pelo que me permitirei chamar sismo analítico. Não parece estar a ser fácil encarar o primeiro como tendo origem nele mesmo, como sendo espontâneo. Então, tal como em 2008, há quem veja na Renamo a mão organizadora. Mas não só: um editorial do Zambeze suspeita haver infiltração nos serviços de segurança, suspeita que a segurança está infiltrada tal a facilidade com que os sms actuaram e neste interim desenha a hipótese de o sismo popular ser obra de uma ala marginalizada da Frelimo, "parte da ala da Frelimo que não se revê no corte do bolo" e que procura desgastar a imagem de Armando Guebuza (edição de 9 de Setembro, p. 7, título "Manifestações têm rostos das alas da FRELIMO".
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
Essa hipotese do Zambeze,
Aceito um KO Tecnico,
Estou completamente fora de jogo, vou ter o job de recalcular tudo,
Ganharam-me.
Nao tem chance, desisto de anlise politica.
Nao quero fazer mais, eles que se danem, entre eles.
Tinham que aparecer estes, pois claro. Porque o POVO e surdo, mudo e cego. Nao pensa, nem come.
A FRELIMO e que sim. E por "todos" nos...
Com este raciocinio obvio, ainda se perguntam porque a FRELIMO vai ficar 1000 anos no poleiro?
Assiste-se-lhe o exemplo!
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