Onda de descontentamento - eis uma frase da jornalista Isaura Afonso ao ralatar uma reunião do Conselho de Ministros, presidida pelo presidente da República, havida hoje e destinada a encontrar soluções para as manifestações populares iniciadas no dia 1 do corrente mês, para a onda de descontentamento (Rádio Moçambique, noticiário das 12:30). Hoje ainda haverá uma conferência de imprensa para dar a conhecer as medidas.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
4 comentários:
Nada de novo.
Será sempre assim.
E até têm uma maioria absoluta. E se a gente os chatiar, querendo, podem fazer valer esse voto.
Desta vez deu mesmo para provar que esse Governo chegou a fase terminar da doença.
Quem nunca se enganou é o meu pai que me disse "a independência nacional era precisa, o que não era preciso é um partido contra a Frelimo".
Nunca estive de todo contra a Frelimo, aliás, penso que em certos ramos como a saúde houve progressos. Na tecnologia também se compararmos com países como Burundi, S. T. Princípe, G. Bissau, etc. O problema é que mais uma vez o voto "lixa" tudo. Não devia haver maioria absoluta. Isto estraga o desenvolvimento de um país e do próprio dirigente.
Por exemplo, quem viu José Sócrates antes de ser primeiro-ministro, quando chegou a S. Bento e agora, há uma mudança terrível. Sou contra a democracia por isso.
ZICOMO
Segundo titula o Jornal O Pais, O aumento dos preços, sobretudo do combustível, decretado pelo governo de Moçambique e que levou a confrontos na semana passada em Maputo, obedece a uma promessa de três anos ao Fundo Monetário Internacional (FMI), explica Edward George, economista chefe do departamento de África da Economist Intelligence Unit, à “Lusa” citada pelo canal “Oje”.
Efectivamente, esta e que e a verdade!
Temos um Governo que gosta muito de falar de patriotismo e auto-estima, mas que na verdade esta "amarrado" pelas goelas ao FMI e Banco Mundial. E o pior, nao e capaz de explica-lo ao seu POVO. Prefere manter as aparencias de soberano que nunca foi.
Porque ai perceberiamos todos que a solucao para Mocambique e afastar-se definitavamente do credito bonificado de Bretton Woods. Mas tambem, nao nos enfiarmos na boca do Dragao. Os creditos leoninos de Beijing ou de qualquer outro parceiro bilateral. Porque vendem irremediavelmente a soberania e hipotecam geracoes de mocambicanos a uma factura cuja origem desconhecem.
Porque o IMPORTANTE e um pais como Mocambique ir ao mercado financeiro negociar os termos de emprestimos directamente com a Banca Internacional, mas para isso e preciso criar o AMBIENTE OU CLIMA como queiramos, para que alguem se atreva a emprestar-nos dinheiro. E isso passa por Justica eficiente, Boa governacao, Bom ambiente de negocios e procedimen tos de trabalho rapidos e eficientes, mas PORQUE NOS, e nao ELES e que o queremos. Pois estes sao autenticos chavoes dos manuais de Bretton Woods, mas que sao ironicamente o amago da questao, provando que a melhor mentira e sempre aquela que esta proxima da verdade. Porque so assim a soberania sera uma palavra com sentido em Mocambique. Porque e inaceitavel esta situacao para um pais como Mocambique, que nao e nem pobre em recursos, nem de massa critica ignorante . So tem o infortunio dos maus lideres. Dizem que "estao a envidar esforcos". Mas como diria Churchill: É inútil dizer «estamos a fazer o possível». Precisamos de fazer o que é necessário. E o necessario e ter soberania sobre dois sectores em particular: a AGUA e a ALIMENTACAO. Os proximos conflitos armados da humanidade serao a volta disto e nao dos combustiveis. E preciso perceber:
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E preciso perceber:
a) As causas da erosao do controlo local e nacional dos nossos sistemas alimentares. Mocambique ja foi um celeiro na Africa Austral. O pais e o mesmo. As pessoas e que nao. Nao solucoes de curto prazo e proximidade, mas criando equipas especializadas para seguir em permanencia a evolucao politica e economica do complexo agro-alimentar global. Perceber porque mas decisoes dos nossos lideres nos colocaram na dependencia do volatil mercado global e sujeitos aos lucros imediatos das manipuladoras multinacionais agro-alimentares;
b) Determinar o caminho certo para prever os tumultos causados por legioes de esfomeados, mesmo que noutras partes do mundo se deite fora os excedentes alimentares, para manter os precos. O impacto dos biocombustiveis no estabelecimento de uma falsa situacao de carencia no mercado, e o uso cereais geneticamente modificados para potenciar a industria farmaceutica internacional, alternativa B quando o preco de crude baixa. Saber o QUE esta por detras do famoso discurso da "Revolucao Verde" em Africa. Compreender por que milhares de iniciativas isoladas de sucesso no hemisferio sul sao sistematicamente ignoradas pelo FMI e Banco Mundial. E o que efectivamente estao a fazer milhares e milhares de ONGs, associacoes de agricultores, sociologos, etc, a fazer para debelar o problema da fome global;
c) Finalmente, democratizar os sistemas alimentares mundiais. Promover o conhecimento agricola, mas sempre no respeito da ecologia. E porque? Porque o problema da fome mundial nao e a falta de alimento, mas sim a Organizacao Mundial do Comercio e a Bolsa Internacional. E preciso criar grupos de pressao permanentes no hemisferio norte para advogar pelo dialogo, transparencia e mudanca das REGRAS que actualmente barram a iniciativas agro-ecologicas, unico caminho para construcao de uma plena soberancia alimentar em Mocambique.
Em suma, fazer o necessario DANDO UM BOM EXEMPLO AO POVO COMO FILHOS DA TERRA. E nao o contrario...
O Governo moçambicano, liderado pelo Presidente Armando Guebuza, decidiu em Conselho de Ministros extraordinário, congelar todos os últimos aumentos dos preços dos bens de primeira necessidade: nomeadamente do pão, na energia eléctrica e da àgua.
http://www.verdade.co.mz/destaques/newsflash/governo-de-mocambique-congelou-todos-os-aumentos-de-precos.html
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