22 setembro 2010

Manifestações: por que não ouvir o povo? (pergunta Sérgio Roques)

De um comentário do antropólogo Sérgio Roques: "1. O tal Povo que todos os analistas defendem e dele opinam, está perto deles, convivem com ele. E porquê não ouvi-lo? 2. Não me recordo de algum analista ter citado opiniões dos residentes da periferia, sobre os reais factores, claro, a não ser mesmo naquele dia que os "amados jornalistas da STV" transmitiram em directo e iam deixando falar o "POVO", como sempre têm. Esses sim, protegidos pelos manifestantes, iam nos mostrando tudo, tudo mesmo. Mas depois, os académicos usaram isso para comentar e analisar o fenómeno. 3. Professor, é importante ao fazer o estudo dos factores das revoltas populares, incluir-se as categorias: idosos (Porque esses são a biblioteca viva), mulheres (que cozinham), homens (que batalham para ter o metical), jovens (que lutam pela sobrevivencia sem emprego e nem oportunidades), adolescentes (que sentem pena dos seus pais). Digo adolescentes, porque fomos vendo menores de 18 anos a participar (...)". Aqui.
Adenda: entretanto, logo que possível dou a conhecer um trabalho intitulado "01 de Setembro de 2010 - o caso social", da autoria do leitor Falume Dade, que mo enviou via email com pedido de publicação.

2 comentários:

Nelson disse...

E depois me dizem que há diálogo!!!! Diálogo uma ova!!!

V. Dias disse...

Já viu como mais vale ter um ditador como Samora que ter santos? Samora dialogava com o povo e até fingia amar os seus detractores. E estes? SÃO VERDADEIROS ANJOS VOADORES EM PESSOA.

Zicomo