O segundo e último número.
Percorrendo as muitas modalidades de análise do fenómeno no qual Paúnde aparece como figura central, facilmente se encontram as seguintes três: (1) psicofixação (do tipo "os erros de Paúnde"), (2) generalização normativa do comportamento partidário (do tipo "a Frelimo é assim") e (3) previsão cataclísmica de crise (do tipo "a Frelimo em risco de quebrar-se").
A psicofixação consiste na hipervalorização personalizada da posição de Paúnde, de tal modo que o secretário-geral da Frelimo surge como se fosse o responsável pela decisão tomada pela Comissão Política, como se a intransigência fosse da sua exclusiva autoria e não da Comissão Política.
A generalização normativa do comportamento partidário consiste em atribuir um sinal negativo à Frelimo como totalidade, à Frelimo indivisamente considerada para além dos 17 membros da Comissão Política.
A previsão cataclísmica de crise consiste em acreditar numa disfunção severa no seio da Frelimo, tão severa que se vatacina a fractura partidária e, até, nas opiniões mais extremas, o fim do partido.
Ora, a decisão e a intransigência são da Comissão Política, Paúnde tem sido apenas um seu veículo; a Frelimo não é um todo indiviso, como nenhum partido o é, por exemplo militantes seus desejam outros candidatos, tal como demonstram a carta endereçada ao Comité de Verificação e as páginas com candidatos alternativos nas redes sociais digitais; finalmente, posições diversas na Frelimo não são sintoma de fractura partidária, mas de crescimento da democracia interna, democracia que põe em causa decisões do tipo cesarista da Comissão Política.
Conclusão: afinal os erros não são de Filipe Paúnde em si, sejam quais foram as componentes da sua personalidade.
Percorrendo as muitas modalidades de análise do fenómeno no qual Paúnde aparece como figura central, facilmente se encontram as seguintes três: (1) psicofixação (do tipo "os erros de Paúnde"), (2) generalização normativa do comportamento partidário (do tipo "a Frelimo é assim") e (3) previsão cataclísmica de crise (do tipo "a Frelimo em risco de quebrar-se").
A psicofixação consiste na hipervalorização personalizada da posição de Paúnde, de tal modo que o secretário-geral da Frelimo surge como se fosse o responsável pela decisão tomada pela Comissão Política, como se a intransigência fosse da sua exclusiva autoria e não da Comissão Política.
A generalização normativa do comportamento partidário consiste em atribuir um sinal negativo à Frelimo como totalidade, à Frelimo indivisamente considerada para além dos 17 membros da Comissão Política.
A previsão cataclísmica de crise consiste em acreditar numa disfunção severa no seio da Frelimo, tão severa que se vatacina a fractura partidária e, até, nas opiniões mais extremas, o fim do partido.
Ora, a decisão e a intransigência são da Comissão Política, Paúnde tem sido apenas um seu veículo; a Frelimo não é um todo indiviso, como nenhum partido o é, por exemplo militantes seus desejam outros candidatos, tal como demonstram a carta endereçada ao Comité de Verificação e as páginas com candidatos alternativos nas redes sociais digitais; finalmente, posições diversas na Frelimo não são sintoma de fractura partidária, mas de crescimento da democracia interna, democracia que põe em causa decisões do tipo cesarista da Comissão Política.
Conclusão: afinal os erros não são de Filipe Paúnde em si, sejam quais foram as componentes da sua personalidade.
(fim)
2 comentários:
Pois claro.
Mas não estaria o Sr Filipe a forçar a nota?
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